Caso Neide Mota: auxiliares dizem que não sabiam dos abortos

As três auxiliares de Enfermagem Libertina de Jesus Centurion, Rosângela de Almeida e Maria Nelma de Souza, ex-funcionárias da clínica de Neide Mota [ex-anestesiologista que morreu em novembro de 2009], disseram hoje durante julgamento no Fórum de Campo Grande que desconheciam que no local onde trabalhavam, abortos eram praticados. Conforme o depoimento aos sete jurados, […]

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As três auxiliares de Enfermagem Libertina de Jesus Centurion, Rosângela de Almeida e Maria Nelma de Souza, ex-funcionárias da clínica de Neide Mota [ex-anestesiologista que morreu em novembro de 2009], disseram hoje durante julgamento no Fórum de Campo Grande que desconheciam que no local onde trabalhavam, abortos eram praticados.

Conforme o depoimento aos sete jurados, elas disseram que participavam dos trabalhos de curetagem de pacientes que precisavam de curetagem, pois já chegavam na clínica com aborto retido – o feto já estava sem vida.

Também está sendo julgada, a psicóloga Simone Aparecida Cantagessi de Souza. Ao contrário das enfermeiras, ela disse que sabia da prática de aborto, mas nada tinha a ver com o assunto. “Eu não participava do convencimento ou não convencimento”, disse ela.

Simone Cantagessi e as enfermeiras são acusadas pela prática de 25 abortos, cuja pena em caso de condenação é de 1 a 3 anos por cada paciente. O advogado Renê Siufi explica que como há recurso tramitando no Tribunal de Justiça sobre a alegação de excesso de acusação é possível que não haja condenação, segundo ele. Porém, os promotores acreditam que há provas suficientes para que as ex-funcionárias sejam responsabilizadas pelo crime de aborto.

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