A verba do Ministério da Integração destinada a enchentes já foi liberada para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande no mês de janeiro

Os recursos para socorrer Campo Grande dependem de uma Medida Provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Só desta forma os R$ 32 milhões necessários para obras de reparos dos estragos decorrentes da chuva do último sábado serão liberados.

O prefeito Nelson Trad Filho esteve em Brasília nesta quinta-feira reunido com ministro o Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com o objetivo de conseguir os recursos suficientes para a realização de obras emergenciasi de recuperação da Capital.

Segundo o coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, deputado federal Waldemir Moka (PMDB), que acompanhou o prefeito nas reuniões, os ministros entenderam a necessidade da liberação urgente desses recursos, mas sua autorização só se faz mediante a edição de Medida Provisória. “O prefeito apresentou todos os relatórios mostrando a situação da Capital. Os ministros entenderam a situação, mas essa decisão cabe ao presidente Lula”, afirmou o parlamentar.

De acordo com Moka, os recursos do Ministério da Integração destinados a enchentes já foram liberados para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande no mês de janeiro; com isso o ministério não tem verba suficiente para socorrer Campo Grande.

Ainda conforme o deputado, o prefeito também se reuniu com secretário adjunto do Ministério do Planejamento, João Bernardo, que ficou com a responsabilidade de transmitir ao presidente Lula o relatório sobre os problemas da Capital e o resultado das reuniões.

Além de Moka, participaram das reuniões em Brasília  o senador Delcídio do Amaral (PT) e o secretário estadual de obras, Edson Girotto.

O deputado federal Vander Loubet, que ontem teve encontro com o ministro Geddel Vieira Lima, acredita que do montante que a prefeitura solicitou para as obras de emergência o Governo Federal deverá liberar R$ 11 milhões.

Emergência

O prefeito Nelsinho Trad assinou o decreto de situação de emergência anteontem. A situação de anormalidade foi reconhecida hoje pelo governo do Estado e valerá por 90 dias.

A situação de emergência decorre do fato de Campo Grande ter sido atingida por intensa precipitação hídrica às 19h25min do dia 27 de fevereiro de 2010, com duração de aproximadamente 80 minutos, sendo registrado índice de 88 mm.

Houve aumento do nível das águas dos córregos Sóter, Prosa, Vendas e Cascudo, e consequentemente o transbordamento de suas águas, provocando danos e destruição de vias públicas, galerias pluviais, taludes e redes de distribuição de água e esgoto.

A prefeitura alega que as Avenidas Nelly Martins, Ricardo Brandão, Fernando Corrêa da Costa e Rua Joaquim Murtinho foram seriamente afetadas e são vias de intensa mobilidade urbana e de grande fluxo de veículos automotores.