Caarapó prepara mutirão contra a dengue nos próximos dias
Está previsto para os próximos dias um grande mutirão de limpeza na sede do município de Caarapó e nos distritos de Cristalina e Nova América, com o objetivo de eliminar de vez eventuais criadouros do mosquito Aedes aegypti. O caramujo africano é outro alvo da operação. A partir de hoje, agentes de saúde começam a […]
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Está previsto para os próximos dias um grande mutirão de limpeza na sede do município de Caarapó e nos distritos de Cristalina e Nova América, com o objetivo de eliminar de vez eventuais criadouros do mosquito Aedes aegypti. O caramujo africano é outro alvo da operação.
A partir de hoje, agentes de saúde começam a orientar a população sobre os procedimentos que deverão ser adotados no decorrer da campanha de limpeza. Quintais e terrenos baldios deverão ser completamente limpos, com retirada de entulhos, galhadas, restos de construção, pneus, latas, vidros e todo tipo de material inservível, potenciais criadouros do mosquito transmissor da dengue ou esconderijos do caramujo africano.
O mutirão de limpeza começará pelo Setor 1, que engloba o perímetro compreendido entre a Rua Mato Grosso e a saída para Naviraí. O Setor 2 compreende o restante da cidade. “Os moradores da região do Setor 1 precisam efetuar a limpeza dos quintais até o dia 21 de fevereiro. Entre 22 de fevereiro e 13 de março, será feita a coleta dos entulhos”, explica o coordenador do setor de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, Ivo Benites. “Durante esse período, a coleta será gratuita, mas não poderão mais ser jogados entulhos na rua após o mutirão. Quem desobedecer será multado”, alerta o coordenador.
Em Caarapó, o índice de infestação do Aedes aegyti está em 3,88%, quase quatro vezes acima do nível considerado “estável” pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1%. “É uma situação grave, que requer uma ação do Poder Público e de toda a população”, alerta Benites.
Até ontem haviam sido notificados pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica 64 casos suspeitos de dengue, com confirmação de 30. A situação exige uma atuação efetiva dos órgãos de saúde, que estarão incluídas na campanha de limpeza, como reestruturação das atividades de visitas domiciliares para tratamento com larvicidas e eliminação de criadouros pelos agentes de saúde do Departamento de Controle de Vetores, em parceria com os agentes comunitários de saúde, bloqueio de casos com visitas e aplicação de inseticidas em raio de 300 metros em torno da residência ou local de trabalho das pessoas que contraírem a dengue, aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (Fumacê) em todos os bairros com incidência de casos e índice alto de infestação do mosquito Aedes aegypti, atividades educativas, como palestras, reuniões e divulgação nos meios de comunicações, entre outras.
“A maioria dos focos do mosquito transmissor da dengue está sendo encontrada nos imóveis residenciais, comerciais e terrenos devido à falta de cuidados pelos proprietários ou responsáveis, sendo que a infestação do mosquito ocorre em recipientes jogados a céu aberto e muitos focos se proliferam em utensílios de uso doméstico”, esclarece Benites. O coordenador acrescenta que a situação é considerada crítica, e somente com a realização de trabalhos em conjunto, envolvendo Poder Público e a população, será possível controlar a dengue.
Benites orienta no sentido de que, quando as equipes de aplicação de inseticidas estiverem passando, as pessoas devem abrir portas e janelas para que o inseticida possa atingir os mosquitos em fase adulta que estiverem no interior dos imóveis.
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