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Brasileiros relatam desespero que sentiram durante terremoto no Chile

A estudante brasileira Júlia Spina Bueno, 21, afirma que o terremoto que atingiu o Chile foi assustador. “As portas batiam e vidros se quebraram. Depois que o temor parou descemos e esperamos duas horas no andar térreo”, conta a brasileira que mora em Santiago. Na madrugada deste sábado, o país foi atingido por um terremoto […]
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A estudante brasileira Júlia Spina Bueno, 21, afirma que o terremoto que atingiu o Chile foi assustador. “As portas batiam e vidros se quebraram. Depois que o temor parou descemos e esperamos duas horas no andar térreo”, conta a brasileira que mora em Santiago.

Na madrugada deste sábado, o país foi atingido por um terremoto de 8,8 graus de magnitude, o maior em 25 anos.

Bueno diz que é comum sentir tremores em Santiago. “Estávamos dormindo quando sentimos o edifício se mover. Esperamos um pouco para ver se o temor terminava, porque muitas vezes treme aqui em Santiago. Mas, o temor ficava mais forte, nos levantamos da cama. Com minha família, ficamos todos juntos em baixo do arco da porta.” Ela diz que todo o apartamento, onde mora no 12ª andar, se movia.

Medo de tsunami

Já a jornalista brasileira Mariane Pimentel Gusan, 25, conta que teve medo de que houvesse um tsunami e um incêndio depois do terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado. “Sai de casa por volta das 3h40 com medo de tsunami e fui para a parte mais alta da cidade”, afirma a jornalista que mora na cidade litorânea de Viña del Mar, a 100 quilômetros de Santiago.

Segundo ela, não houve desabamentos na área onde estava. A jornalista, que trabalha como analista em uma empresa no país, que não conhece alguém que se machucou.

Gusan afirma que voltou para casa na manhã deste sábado. De acordo com ela, há alguns incêndios na região porque houve rompimentos de encanamentos de gás. “Em caso de tremor a gente sempre espera que passe rápido, mas demorou bastante. Os vidros começaram a quebrar e depois do terremoto as pessoas todas foram as ruas.”

Volta de ônibus

A estudante brasileira Giovanna Vendrasco, de 23 anos, já pensa em voltar de ônibus de Santiago, no Chile, se for confirmada a informação de que o aeroporto da cidade pode ficar fechado por três dias.

“Uma opção é viajar de ônibus até Mendoza e Buenos Aires, na Argentina, e voltar de lá para o Brasil”, afirmou à Folha Online pela manhã de hoje. Segundo ela, que viaja com os pais, seu voo de volta estava marcado para amanhã às 13h. “Não temos como arcar com os custos dos dias extras.”

Vendrasco, que está hospedada em um hotel no bairro de Providencia em Santiago, afirma que sentiu um forte tremor por volta das 3h30 do horário local. “A cúpula da Igreja da Santa Providencia, que fica a duas quadras do hotel, caiu”, diz.

A estudante conta que seu quarto fica no primeiro andar do hotel e que correu para a recepção assim que sentiu o tremor. Segundo ela, não há uma orientação geral das autoridades de Santiago sobre o que a população deve fazer.

Debaixo da cama

O brasileiro Elder Gabriel da Silva conta que foi acordado pelo terremoto na madrugada deste sábado em um albergue em Santiago, no Chile. Segundo ele, ao sentir o tremor, chamou o irmão e entrou debaixo da cama para se proteger. “Quem diria que filmes e documentários de terremotos ajudariam em uma hora dessa”, diz.

Ele afirma que, depois que o tremor passou, saiu pela cidade que estava sem luz. Na avaliação de Silva, os bombeiros e policiais chilenos estão fazendo um serviço eficiente na busca de feridos.

Estado de catástrofe

O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado matou ao menos 85 pessoas. A presidente do pais, Michelle Bachele, decretou estado de catástrofe e determinou que as regiões litorâneas e ilhas fossem desocupadas, como a de Páscoa.

Há relatos de que um tsunami tenha atingido a ilha de Juan Fernandez. Também há informações de incêndios causados por vazamentos de gás devido o rompimento da tubulação. O fogo atingiu a Universidade de Concepción –localizada perto do epicentro do terremoto.

Após o terremoto, moradores de várias regiões do Chile ficaram sem luz, água e serviços de telefonia.

O aeroporto internacional de Santiago ficará fechado por ao menos 24 horas, o que dificulta a entrada e saída de estrangeiros do país.

O tremor foi o maior no país em 25 anos. Antes dele, o pior havia sido o de março de 1985, que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades.

Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, , Antártida e região do Pacífico.

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