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BC vê inflação a caminho da meta

O Comitê de Política Monetária (Copom) entende que os índices de preços caminham para a convergência à meta de inflação. No parágrafo 23 da ata da reunião da semana passada realizada pelo Banco Central, os diretores da instituição afirmam que “a despeito de reconhecer a existência de riscos de elevação da inflação no curto prazo, […]
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O Comitê de Política Monetária (Copom) entende que os índices de preços caminham para a convergência à meta de inflação. No parágrafo 23 da ata da reunião da semana passada realizada pelo Banco Central, os diretores da instituição afirmam que “a despeito de reconhecer a existência de riscos de elevação da inflação no curto prazo, o Copom considera que a convergência da inflação para o valor central da meta tende a se materializar”.

Para 2010 e 2011, a meta de inflação para o IPCA é de 4,50%, com margem de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo.

Um dos argumentos do BC é que a política monetária atua “com defasagem sobre a atividade e sobre a inflação”. Por isso, afirma o texto, os efeitos do ajuste da taxa Selic realizado de abril a julho de 2010 “ainda não se fizeram sentir integralmente”.

Apesar de manter discurso otimista com a trajetória da inflação e a convergência com a meta, os diretores do BC afirmam que “caso esse cenário não se concretize tempestivamente, a postura de política monetária deve ser ajustada de modo a garantir a convergência entre o ritmo de expansão da demanda e o da oferta”.

O BC também admite que o grau de incerteza relacionado à economia está, atualmente, maior que o normalmente observado. Os diretores do BC dão como exemplo o possível resultado da expansão da demanda interna no atual contexto de uso crescente da capacidade de produção da economia. “Evidências sobre isso vêm dos ganhos reais de salários em alguns segmentos e de maiores pressões de preços ao produtor no passado recente”, argumenta o texto.

Apesar de apontar essa fonte de risco, os membros do Comitê ressaltam que “os fatores de sustentação desses riscos domésticos mostram desaceleração”. “Por exemplo, há sinais de que a economia tem se deslocado para uma trajetória mais condizente com o equilíbrio de longo prazo”, afirma o texto.

Mantida essa trajetória, o BC avalia que “os efeitos das pressões de demanda e do elevado nível de utilização dos fatores sobre o balanço de riscos para inflação tendem a arrefecer”.

Exterior

A ata da reunião do Copom da semana passada destaca que a influência do cenário internacional sobre o comportamento da inflação brasileira “revela viés desinflacionário”. A avaliação consta do parágrafo 25 do documento divulgado há pouco pelo Banco Central.

Nesse trecho do documento, os diretores do BC afirmam que no cenário externo houve elevação da “probabilidade de desaceleração, e até mesmo de reversão, do já lento processo de recuperação em que se encontram as economias do G-3” (Estados Unidos, Europa e Japão). Para o BC, essa possibilidade de desaceleração ou reversão cresceu desde a última reunião do Copom realizada em 20 e 21 de julho. Para os diretores do BC, também “reduziram-se os riscos à concretização de um cenário inflacionário benigno”.

Atividade segue favorável, mas em ritmo menor

De acordo com o parágrafo 21 da ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), “as perspectivas para a evolução da atividade econômica doméstica continuam favoráveis, a rigor, em compasso menos intenso do que o observado no início deste ano”.

O BC sustenta a avaliação com a lembrança de que dados sobre a evolução das vendas no comércio, estoques e produção industrial revelam essa diminuição do ritmo.

Apesar de entender que há indicadores que apontam para o arrefecimento da atividade, o Comitê admite que a atividade interna continuará a ser favorecida por outros fatores, como “pelo vigor do mercado de trabalho, pelos efeitos remanescentes dos estímulos fiscais e das políticas dos bancos oficiais e, em escala menor do que a esperada anteriormente, pela atividade global”.

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