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Autor defende livro e nega apologia a palavrões

A coordenação do CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade) Escola Oliva Enciso define hoje à tarde se mantém o livro “Dia 4”, produzido por um estudante do colégio, como fonte de estudo literário aos alunos do 6º ano. A obra foi contestada por uma parenta de aluna que enxergou o livro como “lixo literário” […]
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A coordenação do CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade) Escola Oliva Enciso define hoje à tarde se mantém o livro “Dia 4”, produzido por um estudante do colégio, como fonte de estudo literário aos alunos do 6º ano. A obra foi contestada por uma parenta de aluna que enxergou o livro como “lixo literário” por achar nele, segundo ela, expressões de baixo calão, impróprias aos estudantes com idades que variam entre 10 e 11 anos.

Ontem à noite, segundo a coordenadora pedagógica da escola, Célia Regina Tavares Rino, ao menos 70% dos pais dos 27 alunos da sala da 6ª B, onde cursa a parenta da publicitária Ângela Govea, que protestou contra o livro, aprovou o projeto da escola e a ideia de manter o livro como instrumento de pesquisa entre os alunos. Hoje, às 18 horas, pais dos alunos da 6ª A também discutem o assunto e definem se a obra deve ou não ser debatida em sala de aula.

Ângela Govea disse que ao folhear o livro achou palavrões em 19 páginas como “puta, biscatinha, caralho”. “Como vocês podem perceber, a linguagem poética do livro é bem profunda, nossas crianças precisam mesmo disso?”, protestou a publicitária.

A coordenadora Célia Rino defendeu a obra e disse que a publicitária teve uma “visão distorcida” do que leu de “maneira solta e inconseqüente”. “O livro possui 204 páginas e ela [publicitária] se preocupou apenas com algumas páginas, não interpretou o contexto todo da obra”.

“A leitura e a análise do livro [Dia 4] possibilitarão desvelar situações postas, tais como a linguagem e termos tão usados irrefletidamente no cotidiano, disseminando preconceitos, racismo, situações inadequadas a boa vivência social”, diz um trecho da justificativa da escola para incluir o livro como fonte de estudo aos estudantes.

O autor do já polêmico livro, Vithor Torres, de 16 anos de idade, estudante do 3º ano médio da Olivia Enciso, disse não ter pensado nem quis fazer “apologia às palavras de baixo calão” que aparecem em seu livro, produzido por meio de narrativa em primeira pessoa.

A ideia do livro surgiu após ele e a mãe viajar de ônibus daqui de para , onde a avó, já falecida, era submetida a um intensivo tratamento médico. Dos diálogos que ouviu dos passageiros na ida e na volta, ele contou a história.

“Acho que todo o autor tem de se preparar para críticas, mas o que fiz foi transcrever as conversas que ouvi, apenas. Hoje em dia o bombardeio de palavrões exibidos nas tevês e na internet superam bem mais do que as palavras criticadas em meu livro”, disse ele.

A impressão dos 250 livros de Torres, lançado em novembro passado, disse ele, custou R$ 2 mil e parte do dinheiro foi arrecadado pela direção da escola. Ele revelou ainda que prepara um novo livro que deve “polemizar ainda mais” porque trata de “questões sociais, igreja e política”. Torres conquistou nota máxima em Redação no vestibular da UFMS, quando ainda cursava o primeiro ano do Ensino Médio.

A CNEC Olívia Ensino funciona há 25 anos em Campo Grande, possui cerca de 400 alunos e oferece cursos que vão desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio. A mensalidade lá custa de R$ 340 a R$ 521.

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