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Aumento dos juros do crédito em janeiro não indica tendência

O aumento das taxas de crédito registrado em janeiro não indica uma tendência para o ano, apesar de os dados preliminares de fevereiro mostrarem alta dos juros, avaliou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel. “A elevação da taxa de juros não configura necessariamente uma mudança de tendência. Pode significar um […]
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O aumento das taxas de crédito registrado em janeiro não indica uma tendência para o ano, apesar de os dados preliminares de fevereiro mostrarem alta dos juros, avaliou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel.

“A elevação da taxa de juros não configura necessariamente uma mudança de tendência. Pode significar um ponto fora da curva”, disse.

De acordo com Maciel, uma hipótese para explicar o aumento das taxas de juros é o crescimento da procura dos clientes por modalidades mais caras, em detrimento das mais baratas. Segundo ele, o saldo de crédito ofertado por meio da conta garantida – o cheque especial das empresas, uma modalidade com juros altos, de 80,9% ao ano,– cresceu 3,1% de dezembro para janeiro, enquanto o capital de giro com taxa de 30,1% ao ano apresentou queda de 0,1%.

No caso das pessoas físicas, houve aumento de 5,1% no saldo do cheque especial, que tem taxa de 161,1% ao ano. Já no caso do crédito pessoal, que inclui operações consignadas em folha de pagamento, a alta foi de 1,7%, com taxa de juros de 44,8% ao ano.

Segundo Maciel, é comum aumentar a procura pela conta garantida, pelo cheque especial e pelo cartão de crédito no início do ano, devido à concentração de compromissos financeiros como o pagamento de impostos e despesas de férias e de volta às aulas.

“O correntista deve sempre procurar as modalidades que proporcionem custos mais baixos. Em segundo lugar, buscar entre os bancos aqueles que oferecem as menores taxas na mesma modalidade. O cheque especial é a última alternativa”, aconselhou.

De acordo com Maciel, é prematuro dizer que o aumento dos juros reflete a expectativa das instituições financeiras de que o Banco Central irá subir a taxa básica de juros, a Selic. “Como os dados se referem a janeiro é prematuro afirmar que seria isso. Esse debate [sobre possibilidade de aumento da Selic] não estava tão bem colocado como está agora”, afirmou.

Maciel também disse que não há elementos para afirmar que o aumento das taxas seja resultado do crescimento da margem de lucro dos bancos ou tenha alguma influência de perspectivas das instituições financeiras de mudanças no recolhimento compulsório, recursos que os bancos obrigatoriamente recolhem ao BC.

De dezembro para janeiro, a taxa média de juros subiu 0,8 ponto percentual, para 35,1% ao ano. No caso das pessoas físicas, o aumento foi de 0,3 ponto percentual para 43% ao ano, enquanto para as empresas (pessoas jurídicas) a alta foi de 1 ponto percentual, para 26,5% anuais.

Em oito dias úteis de fevereiro, a taxa geral de juros subiu 0,3 ponto percentual. Para as pessoas físicas, a alta é de 0,4 ponto percentual, e para as empresas, de 0,2 ponto percentual. Segundo Maciel, por conta do feriado de Carnaval, a amostra é pequena e é prematuro avaliar que os dados consolidados do mês mostrarão alta.

Ele também informou que foi revisada a projeção para o crescimento do crédito neste ano de 20% para 19%. A previsão para a relação entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de 48%. Em janeiro, essa relação ficou em 44,6%.

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