Os deputados franceses aprovaram nesta sexta-feira, 10, o aumento da idade mínima para se aposentar de 60 para 62 anos a partir de 2018, dando o primeiro passo para o principal ponto da reforma previdenciária planejada pelo presidente Nicolás Sarkozy.

Apesar dos vários protestos de sindicatos e da oposição, o governante do partido conservador UMP afirmou que irá seguir adiante com sua reforma, mas ofereceu concessões a pessoas que tenham começado a trabalhar muito jovens ou que tenham empregos cansativos.

A próxima manifestação será no dia 23 deste mês, depois de na terça passada 2,5 milhões terem se manifestado em todo o país, segundo cálculos da oposição. O governo afirma que pouco mais de um milhão participaram dos protestos.

A oposição esquerdista, minoritária na Câmara, votou contra a medida e o Partido Socialista (PS) anunciou que voltará a estabelecer a idade de 60 anos como mínima para se aposentar se assumir o poder.

O primeiro-ministro Francois Fillon disse na quinta que o governo poderia oferecer mais concessões sem arruinar seu plano de equilibrar o sistema de pensões que, segundo o governo, terá perdas anuais de 45 milhões de euros em 2020 se nada for feito agora.