Após inúmeras críticas da Fifa, as obras dos estádios da Copa de 2014 enfim dão sinal de avanço. Mesmo assim, em pelo menos cinco das 12 sedes do Mundial a situação permanece indefinida ou as reformas e construções não começaram.

A demora no início dos trabalhos começa a ameaçar a realização da Copa das Confederações, como mostra levantamento do Portal 2014 (copa2014.org.br). O evento-teste acontece daqui a 33 meses, enquanto, segundo o próprio Comitê Organizador da Copa (COL), um estádio leva ao menos 30 para ficar pronto. Desde que a Fifa utiliza a Copa das Confederações como evento-teste para o Mundial, a organização brasileira para a edição de 2013 já é a mais atrasada. A situação é inversa à Alemanha (2005) e Japão/Coreia (2001), que tinham ao menos duas arenas prontas a pouco mais de três anos da competição. O atraso brasileiro só se compara ao da , cujas quatro arenas do torneio preparatório foram concluídas a poucos meses do pontapé inicial.

A equipe do Portal 2014 visitou canteiros, fotografou e levantou informações sobre as cidades-sede que ainda não iniciaram seus trabalhos e publica hoje uma avaliação completa de cada estádio. As reportagens inauguram a seção, que irá mostrar a evolução, mês a mês, de todos os preparativos do Brasil para o Mundial de 2014.

A pesquisa mostra que três capitais do Nordeste estão com obras paradas. Recife e Fortaleza já terminaram as licitações, mas não conseguiram tirar suas arenas do papel. Natal, por sua vez, promete lançar o edital na próxima segunda-feira (20/9) e corre o risco de iniciar a construção do Estádio das Dunas apenas em 2011.

No Sudeste, São Paulo ainda patina para definir sua arena. Após o veto ao Morumbi, surgiu como opção o novo estádio do Corinthians. No entanto, o comitê paulista não oficializou a escolha da arena, enquanto o clube permanece alheio ao Mundial, tocando o projeto para 48 mil pessoas.

A situação começa a melhorar em Curitiba. Após um ano de idas e vindas, o -PR deve assinar na segunda acordo com a prefeitura e o governo do Paraná. Levará R$ 90 milhões com a venda do potencial construtivo, em esquema que ainda depende de aval dos vereadores e dos deputados estaduais.