O governador André Puccinelli (PMDB) negou hoje que sua decisão de decisão de votar em Michel Temer para presidente nacional de seu partido tenha relação com as eleições presidenciais. “Eu sempre votei no Temer. Quando ele disputou com Paes de Andrade, votei nele e perdemos (…) Não tem relação [com eleições presidenciais]”, respondeu hoje pela manhã ao deixar evento no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

Michel Temer é do grupo que defende a aliança do partido com o PT. Ele, inclusive, é cotado para ocupar a vaga de vice na chapa da petista Dilma Rousseff. O deputado está licenciado da presidência do partido e quer se reeleger para mostrar que tem força para se lançar à vice-presidência da República.

Mas, conforme André, seu voto nada tem a ver com as pretensões políticas de Temer. “Eu voto nele para presidente nacional do PMDB”, ressaltou.

A declaração de André de que votará em Temer trouxe à tona, a possibilidade dele ter firmado um acordo com a cúpula nacional de seu partido, como noticiou a mídia nacional neste mês.

O grupo pró-Dilma precisa obter a aprovação da aliança na convenção nacional prevista para junho. Até agora, André não revela como votará na convenção, se contra ou a favor da aliança com o PT.

Informação veiculada pela Revista Veja aponta que André teria chegado a um entendimento com o ala pró-Dilma. “Puccinelli poderá fazer a aliança que quiser e terá apoio da direção nacional do PMDB. Em troca, votará a favor da aliança pró-Dilma no diretório nacional. A fórmula pode se repetir em outros estados”, afirmou o colunista Lauro Jardim.

Quando questionado sobre tal acordo, André mencionou que a notícia não passava de especulação.

A convenção está marcada para o dia 6 de fevereiro, mas uma ala ligada à oposição vai acionar a Justiça contra a realização nesta data. O PMDB de MS, porém, não vai participar da briga judicial.