O ministro da Defesa de Angola, Cândido Pereira Van-Dúmem, disse que o país quer o apoio do Brasil para mapear a plataforma continental. “Estamos à espera de receber nos próximos dias uma delegação brasileira, com quem vamos entabular conversações com vista à organização desse programa”.

A possibilidade de haver mais petróleo na camada pré-sal angolana levou as autoridades a apostar no levantamento. Tanto o ministro da Defesa quanto a titular da pasta da Justiça, Guilhermina Prata, estiveram no Brasil em agosto para tratar do tema. A região é uma das áreas de interesse da Petrobras no exterior, juntamente com a América Latina e o Golfo do México.

De acordo com a estatal brasileira, há similaridades em termos de bacias sedimentares entre a Costa Oeste da África e o litoral do Brasil. No entanto, a Petrobras repete que, antes de qualquer conclusão sobre haver ou não petróleo na camada do pré-sal angolano, ainda são necessários muitos estudos sobre a região.

A Petrobras já atua na exploração de petróleo e gás natural em cinco países do continente: Angola, Líbia, Namíbia, Nigéria e Tanzânia, mas produz apenas em Angola e na Nigéria. Entre as parceiras estão estatais como a Sonangol (Angola), NOC (Líbia) e NNPC (Nigerian National Petroleum Corporation), da Nigéria.