André admite Murilo coordenador de campanha e até secretário

Caso não queira concorrer ao Senado nas eleições de outubro, o vice-governador Murilo Zauith (DEM) poderá ser coordenador-geral da campanha à reeleição do governador André Puccinelli (PMDB). A hipótese foi anunciada pelo próprio André durante evento na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, nesta manhã. Além disso, o governador também mencionou a possibilidade de […]

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Caso não queira concorrer ao Senado nas eleições de outubro, o vice-governador Murilo Zauith (DEM) poderá ser coordenador-geral da campanha à reeleição do governador André Puccinelli (PMDB). A hipótese foi anunciada pelo próprio André durante evento na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, nesta manhã. Além disso, o governador também mencionou a possibilidade de Murilo ocupar uma secretaria de Planejamento em um virtual segundo mandato.

Ontem, André e Murilo conversaram no período da tarde na Governadoria, mas tal diálogo não teria avançado para candidatura do vice-governador ao Senado. O governador fugiu de dar detalhes sobre o encontro, mas assegurou que, por enquanto, a candidatura de Murilo a senador em sua chapa continua sendo a “primeira hipótese”.

André descartou ter ouvido de Murilo um suposto “plano B” do Democratas. Ontem pela manhã, o vice-governador e dois correligionários, o deputado estadual Zé Teixeira e o vereador Airton Saraiva, que aguardavam ser recebidos pelo governador acabaram passando o tempo em uma conversa fechada. Na ocasião, teria sido mencionado o nome do ex-presidente da Sanesul e ex-prefeito de Angélica, José Carlos Barbosa, para disputar o Senado no lugar de Murilo.

“Se tem plano B é dos Democratas. Eu não sei disso (…) Se o Murilo não quiser ser candidato ao Senado, eu o quero como coordenador-geral da minha campanha. Mas, por enquanto, não abro mão [do Murilo concorrer ao Senado] está é a primeira hipótese, primeira hipótese, primeira hipótese”, afirma.

Questionado sobre as informações de bastidores de que estaria pretenderia dar uma secretaria de Planejamento a Murilo em um eventual segundo governo, André não descartou a hipótese e ainda sinalizou simpatia por tal possibilidade.

“O Murilo tem nível técnico para várias aplicabilidades no governo. Não estou dizendo que foi oferecida qualquer coisa. Isso tem que ficar bem claro. Mas, o Murilo planeja bem, pensa bem, tem paciência de Jó. Seria uma boa pessoa para interlocução política. Ele tem várias qualidades que o permitiriam exercer com excelência uma secretaria de Planejamento, de Planejamento de idéias e não orçamentário”, disse.

“No início do mandato nós fomos os primeiros a pensar em insistir na ferrovia Maracaju, Dourados, Mundo Novo ”, exemplificou. André foi enfático nos elogios a Murilo e informou que se ele quisesse poderia ser “secretário hoje” em seu governo.

Entretanto, ressaltou que, por enquanto, não abre mão de Murilo como candidato a senador. “Eu quero que ele seja candidato. Eu prefiro que ele seja candidato. É uma oportunidade. Com ele ao lado do Moka. Podemos eleger os dois candidatos”, acredita.

Suplente

André negou que na conversa de ontem tenha oferecido qualquer novo nome para suplente de Murilo. “Eu não ofereci suplente nenhum. Estou apenas ajudando a encontrar o suplente que ele quer”, afirmou. Apesar disso, André reiterou ter indicado Tânia Garib, ex-secretária de Assistência Social.

“A única que eu ofereci com consentimento prévio foi a Tânia Garib. Ele mesmo [Murilo] foi quem sugeriu o Edson Giroto, o Carlos Marun e Maria Antonieta que já havia sido pedida pelo Moka”, relembrou. “Mas, antes do Murilo, eu já havia dito ao Osmar [Gerônimo, secretário de Governo] que eu preferia que ela fosse coordenadora da minha campanha em Campo Grande”, disse.

Murilo que havia solicitado um nome com a “cara de André” para a suplência permanece sem a indicação. André insiste que Tânia tem a sua cara e condições de ajudar Murilo a se eleger senador, mas o democrata não estaria convencido.

O vice-governador cobra um nome ligado a André como forma de comprovar o compromisso político e assegurar tratamento igual ao que será dado a Waldemir Moka, do PMDB. André já havia dito em outras ocasiões que não pretende fazer diferenciações entre os dois.

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