A violência entre os povos indígenas de MS é reconhecida como escândalo internacional

Um indígena aparentando ter entre 30 e 35 anos, foi encontrado morto com uma facada no lado esquerdo do peito no início da tarde desse sábado (27), em Amambaí, onde vivem os guarani kaiowá, na região Sul do Estado.

O corpo foi encontrado por populares em um terreno baldio, situado na região da antiga Serraria Madama, próximo ao Terminal Rodoviário de Amambaí, segundo informou o Gazeta News.

Bombeiros foram até o local. No corpo, sinais de perfuração, supostamente provocada por um golpe de punhal.

Junto com os bombeiros, policiais civis estiveram no local, onde coletaram materiais para os levantamentos.

A polícia trabalha agora para identificar a vítima e levantar informações sobre a autoria do crime.

A violência na região onde vivem os guarani em Mato Grosso do Sul é reconhecida como escândalo internacional.

CNBB

No dia 18 de março, representantes do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) nacional, vinculado à CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), reuniram a imprensa para debater o processo de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Para o presidente nacional do Cimi, Erwin Krautler, é preciso encontrar uma solução primordial para acabar com a marginalização da população indígena do Estado.

Para Krautler, a situação dos povos Guarani-Kaiowá é degradante e insuportável.” O Mato Grosso do Sul está na berlinda. Os 19 suicídios de indígenas registrados no Brasil todos foram aqui, fora os assassinatos. Isso é situação grave e insuportável”, afirmou, relatando que o poder público é omisso quanto às questões indígenas.