David Rosendo da Silva, 27, acusado de participação na execução do advogado Nivaldo Nogueira de Souza em Costa Rica, no dia 23 de março de 2009, se apresentou a Polícia Civil nesta quinta-feira (26) depois de ficar um ano e cinco meses foragido. David disse em depoimento ao delegado Cleverson Alves dos Santos que durante todo esse tempo em que esteve escondido ficou na zona rural da cidade de Barra do Corda no Maranhão.

David fechou a história ao confirmar em seu depoimento que os mandantes do crime são de fato Oswaldo José de Almeida Júnior, mais conhecido como “Dinho”, de 51 anos, preso no dia 27 de abril último. Ele disse ainda que o empresário Edoildo Ramos, vulgo “Piá”, 37 anos preso no dia 17 de maio desse ano, é outro mandante da execução. Os dois estão recolhidos no presido de segurança Máxima de Campo Grande.

Investigações que apontavam o envolvimento de Dinho e Piá no crime foram confirmadas em abril deste ano, com a prisão de Hilton Costa Silva, vulgo Campina Verde, 43. Na época ele tentou matar, a facadas, Rodrigo Batista Flores, 34.

Investigadores da Polícia Civil descobriram que a tentativa de homicídio era na verdade uma “queima de arquivo”. A tese foi confirmada por Campina Verde que afirmou ainda que quem encomendou a morte de Rodrigo Flores, foi “Dinho”, que pagaria R$ 3 mil, pelo crime.

Com as evidências foram pedidas as prisões de Oswaldo José de Almeida Júnior, Edoildo Ramos, Rodrigo Batista Flores e Francisco Pereira Feitosa, vulgo Chicão, 27. Todos já haviam sido presos, por suspeita de envolvimento na morte de Nivaldo Nogueira, logo após o crime.

Rodrigo que estava internado devido as facadas que levou de Campina Verde, foi imediatamente preso. Dinho foi preso pela polícia civil de Costa Rica/MS em um pesqueiro de sua propriedade, em Mira Estrela, município que fica no interior de São Paulo, próximo a Fernandópolis, no dia 27 de abril. Já Piá e Chicão foram presos durante uma operação conjunta da Polícia Civil de Costa Rica e do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Seqüestros), realizada em 18 de abril deste ano, em Costa Rica.

Por fim, após as investigação e negociação com a família de David se apresentou espontaneamente a polícia. Para se apresentar exigiu que seu depoimento fosse prestado na frente do pai, Elias Rozendo, do irmão Djanilton Rozendo, das investigadoras da polícia civil de Costa Rica, Joelma Belchior e Neovanir Oliveira, do delegado Cleverson Alves dos Santos e do promotor de justiça de Costa Rica, Izonildo Assunção Júnior.