A polícia sul-africana, a postos no domingo para acompanhar os preparativos para a Cúpula da Terra, acusou manifestantes de envolver crianças em um protesto de rua proibido que roubou a atenção das conversações sobre o futuro do planeta.
A polícia disse que fez uma prisão e disparou três granadas de efeito moral para dispersar cerca de 700 pessoas que tentaram uma marcha proibida na tarde de sábado no centro de Johannesburgo, a cerca de 20 quilômetros do local da cúpula.

“Integrantes da polícia de ordem pública avisaram os manifestantes que a marcha era ilegal e formaram uma barreira humana para evitar que a marcha continuasse”, disse Henriette Bester, da direção da polícia, em um comunicado, acrescentando que não houve feridos.

“Eu pessoalmente fiquei muito perturbada pela enorme irresponsabilidade dos manifestantes, que envolveram crianças nessa marcha ilegal”, disse.

Bester disse à Reuters que crianças em carrinhos de bebês estavam na marcha, que é proibida segundo o Ato de Aglomerações, que exige notificação prévia dos protestos às autoridades locais.

Cerca de 10 mil policiais extras e soldados estavam em serviço para a Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como “Rio+10”, que oficialmente começa na segunda-feira e segue até o dia 4 de setembro.

Negociações árduas entre nações ricas e pobres antes da cúpula da ONU recomeçaram no domingo no fortemente guardado centro de conferência Sandton.

“Eu espero que comecemos a gerar notícias aqui em termos de meio ambiente. Isto é o que irá atrair a atenção das pessoas”, disse à Reuters o secretário geral da cúpula, Nitin Desai.