Quinze mil hectares já foram queimados. O parque tem 73,3 mil ha.

O fogo continua intenso no Parque das Várzeas de Ivinhema, no município de Jateí. Até ontem, a situação mostrava-se controlada. Porém, à tarde, a ocorrência de muito vento na região causou um aumento no número dos focos, que hoje estão atingindo aproximadamente 15 mil dos 73,3 mil hectares do parque.

“Ontem, com o vento, o fogo estava totalmente fora de controle. Mas durante a madrugada conseguimos retomar as rédeas da situação”, informou Laurindo Petelinkar, gerente do parque, ao MidiamaxNews.

A equipe de cerca de 60 pessoas – bombeiros, funcionários de fazendas vizinhas e policiais militares ambientais – que trabalha no local aguarda, para antes das 13 horas, um reforço aéreo que deve ser mandado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Cultura e Turismo (Semact).

“Vamos reunir todos os esforços ainda hoje. O número de pessoas nos ajudando aqui é suficiente e, com a chegada dos aviões da Semact, só vai faltar a ‘ajudinha dos céus’: precisamos que os ventos cessem um pouco”, diz Petelinkar, que está no parque desde segunda-feira.

Segundo a assessoria de imprensa da Semact, neste momento estão a caminho de Jateí dois aviões e cerca de 40 pessoas. “Se for necessário, teremos a ajuda do Parque Ilha Grande, no Paraná, que é vizinho do Parque de Ivinhema. Eles têm uma boa equipe de prevenção e contenção de incêndios lá”, informou a assessoria.

FAUNA – A fauna da região não foi atingida, pois a área queimada era composta de braqueárias e campos de várzea. No entanto, caso o fogo não seja controlado, os animais que vivem no parque estarão, também, ameaçados. “Por enquanto, eles têm para onde ir. Estão se abrigando onde tem mais árvores e nas proximidades do rio Ivinhema”, explica o gerente.

Os 15 mil hectares destruídos representam 20% da área total do parque, que foi criado em 1998 e fica na divisa com o estado do Paraná. A sua extensão abrange, além de Jateí, os municípios de Naviraí e Taquarussu.

Desde o início do incêndio, na última sexta-feira, os bombeiros e voluntários têm encontrado muitas dificuldades, pois o local é de difícil acesso. Com a chegada dos aviões, a equipe espera terminar o trabalho de contenção dos focos nos próximos dois dias.