Em entrevista coletiva nesta terça-feira no hotel da seleção brasileira em Ulsan, o treinador Luiz Felipe Scolari disse que poderá fazer uma alteração na equipe para a partida de sábado às 8h30m contra a China em Seogwipo (Coréia do Sul).

Posso fazer uma mudança em um dos setores do time. Deverei fazer um teste no coletivo de quinta-feira – disse Scolari.

O treinador afirmou que a decisão será influenciada também pela atuação da China contra a Costa Rica nesta terça-feira e pela análise de vídeos de apresentações dos chineses.

Mas o treinador da seleção brasileira adiantou que o esquema com três zagueiros será mantido para o jogo contra os chineses.

Scolari disse que falta à seleção melhorar o posicionamento dos jogadores de meio-campo. Segundo o treinador, os meias Juninho e Ronaldinho Gaúcho precisam encostar mais nos atacantes (Rivaldo e Ronaldinho).

Para ele, Ronaldinho Gaúcho não é o único jogador importante do Brasil na Copa do Mundo.

Ronaldinho Gaúcho não será o ‘salvador da pátria’. Não será apenas ele quem decidirá para a seleção brasileira – disse o treinador.

Scolari concluiu afirmando que o craque do Paris Saint-Germain dividirá a responsabilidade das vitórias com outros atletas.

Ele melhorou muito, está aplicado, mas divide a responsabilidade com outros jogadores do time. Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu e Ronaldo também são fundamentais para o sucesso da seleção e para comandar o time em campo – disse Luiz Felipe.

Na coletiva, Scolari não admitiu que a seleção foi beneficiada pelo árbitro sul-coreano Yong Joo Kim na partida contra a Turquia.

Se ele errou no pênalti, errou também ao anular o gol do Rivaldo (no segundo tempo) – afirmou. O repetição do lance comprovou que o jogador brasileiro estava impedido.

E procurou defender Rivaldo, que simulou ter sido atingido no rosto por uma bola chutada por Hakan Unsal. O jogador turco foi expulso no lance.

A bola bateu no joelho e depois subiu. Ele colocou as mãos no rosto para não ser atingido – disse o técnico.

Sobre o meia Ricardinho, convocado no último domingo para a vaga de Émerson, o treinador afirmou que ele não será um espectador privilegiado do Mundial e tem chances de atuar. Scolari citou o exemplo do próprio Émerson em 98, que foi convocado no último momento para a vaga de Romário e atuou na semifinal contra a Holanda.