Ben-Hur não abre a mão da candidatura, e diz que tentam substituí-lo por Delcídio Amaral

De um lado, o deputado federal Ben-Hur Ferreira (PT) diz existir uma articulação dentro do partido para fazê-lo desistir de ser candidato a vice-governador. Uma ala do PT estaria interessada, segundo o deputado, em entregar a vaga para o ex-secretário de Habitação de Infra-estrutura, Delcídio Amaral. “Eu não aceito nenhuma articulação de bastidores contra minha candidatura”, afirmou. Amaral diz não ter sido convidado para disputar as eleições como vice. “Sou candidato ao Senado. Esse foi o compromisso assumido com o Zeca e com Vander (Loubet)”, afirma. Mas, na avaliação de Ben-Hur, membros do partido tentam acomodar Delcídio que perderia a indicação para o Senado, já que as duas vagas ficariam com a Frente Trabalhista (PTB/PDT/PPS) em troca de apoio à reeleição do governador.
O vice-governador Moacir Kohl (PDT), maior expoente da Frente Trabalhista, se define como um provável candidato ao Senado, mas faz a ressalva que ainda existe um ponto de divergência para apoio à reeleição de Zeca do PT: a restrição do PTB que se mantém em oposição ao atual governo.
Dois pontos estão certos, afirmou Kohl: o lançamento de uma chapa majoritária completa, com dois candidatos ao Senado (além do vice-governador, o outro possível indicado seria o deputado estadual Geraldo Resende – PPS), e o apoio a Ciro Gomes como candidato a presidente da República.
Para Ben-Hur a situação se resolve facilmente na votação do partido para escolha dos candidatos. Se isso acontecer, entra em cena o presidente regional do PT, Vander Loubet, para evitar um racha no partido. Já o governador tenta arrumar a casa para reeditar a aliança Muda MS.