O primeiro jogo Sub-13 da Copa Asas do Futuro terminou com o juiz agredido com um ursinho de pelúcia, no último domingo (16), na Vila das Flores, em Campo Grande, além de xingamentos e ofensas por parte dos familiares dos atletas.
Em um vídeo gravado por pais que assistiam à partida, é possível ver o momento em que alguns deles se ‘revoltam’ com a arbitragem e entram no meio do campo. Insatisfeito, um pai com um ursinho de pelúcia na mão ‘parte para cima’ da arbitragem.
Uma testemunha disse ao Jornal Midiamax que o jogo foi tomado por torcedores que agrediram verbalmente o árbitro, além dos pais, que incentivavam agressões aos filhos menores que estavam jogando.
“Os pais do time América orientavam os filhos a dar carrinho e descer o cotovelo nos jogadores do time contrário”, disse a testemunha. Entre as palavras ditas estão xingamentos e ofensas como ‘ô seu gordo’, ‘filho da p*’, entre outros, em um jogo cujo, atletas são menores de idade.
Uma testemunha disse que costumava levar os filhos para assistir, mas que agora é perigoso: “Isso infelizmente está acontecendo recorrentemente. Agressões, insultos e ameaças. Levava meus filhos para assistir, mas do jeito que está indo, fica perigoso até para quem vai assistir”, lamentou.
Pênalti não aceito
Ainda, segundo o relato da testemunha, as motivações das agressões verbais e físicas teriam sido ocasionadas por um pênalti seguido de gol.
“Um jogador do América empurrou propositalmente um jogador do outro time, e o árbitro aplicou pênalti. O time fez o gol. Após isso, o time do América não aceitou e invadiu o campo com as crianças ali dentro e foi agredir o árbitro”, contou.
Organização e punição
O organizador da Copa Asas do Futuro, Diego Teixeira, informou que a equipe do América Dade, antigo Miami FC, foi eliminada da competição, como manda o regulamento.
Teixeira ainda lamentou que a situação tem se repetido nas competições de base em campo Grande. “Pais frustrados e arrogantes acham que seus filhos têm que ganhar a todo custo, repugnante como vocês viram nas imagens (xingamentos e ameaças)”, explica.
Ele ainda afirmou que não tolerará esse tipo de situação nas competições. “As equipes serão infelizmente punidas por situações repugnantes como essa. Ficamos chateados pelas crianças, pelo trabalho dos professores e pelo nome da instituição deles”, encerrou explicando que serão mais rígidos com essas atitudes para manter o esporte como lazer, oportunidades e formação de cidadãos de bem.
Um dos diretores do Sindarbitros (Sindicato dos Árbitros Profissionais do Estado de Mato Grosso do Sul), Augusto Ortega, explicou que realmente houve a invasão do campo por parte de pais de uma equipe proferindo agressões verbais.
Explicou que não houve ameaças necessárias para a confecção de registro policial, ficando apenas na esfera desportiva.
“Solicitamos a organização, a exclusão daquela categoria da equipe, pois não podemos admitir que pais, que deveriam educar, se prestem a essas situações na frente de seus filhos”.
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