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Esportes

Impeachment de Augusto Melo é aprovado e presidente do Corinthians é afastado

O dirigente foi indiciado pela Polícia Civil na última semana por associação criminosa
Agência Estado -
A votação teve início em janeiro

Augusto Melo está afastado da presidência do Corinthians. Em reunião na sede do Parque São Jorge, o Conselho Deliberativo do clube votou pelo avanço no processo de do mandatário nesta segunda-feira, 26, por irregularidades no contrato com a Vai de Bet, antiga patrocinadora do clube. O dirigente foi indiciado pela Polícia Civil na última semana por associação criminosa, furto qualificado pelo abuso de confiança e lavagem de dinheiro.

A votação teve início ainda em janeiro, quando uma tumultuada reunião terminou com a aprovação da admissibilidade do processo. Agora, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr, tem até cinco dias para marcar a data da assembleia com os sócios. Não há data definida para a reunião, mas a expectativa é de que ela aconteça entre 30 e 60 dias.

Cabe ressaltar que a defesa de Augusto Melo corre com duas ações no Tribunal de Justiça de (TJ-SP) e busca levar o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF). Aliados do presidente contrataram o renomado jurista José Cardozo, ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff, e também entraram com ações na Justiça de SP.

O placar foi 176 votos a favor contra 57, e um branco. Bastava a maioria simples dos votos do colegiado, formado por 300 membros, para o processo avançar. Ao todo, 236 conselheiros marcaram presença, com 234 votos e duas abstenções. Quem assume é o 1º vice-presidente Osmar Stábile, eleito na chapa de Augusto Melo e rompido com o dirigente.

O contrato de R$ 360 milhões com a Vai de Bet se tornou alvo de investigação da Polícia Civil após vir à tona repasses da comissão pela intermediadora citada no contrato, cujo dono trabalhou na campanha de Augusto Melo, a uma empresa “laranja”. As autoridades concluíram que R$ 1 milhão foram transferidos a uma empresa apontada como braço do PCC.

O clube nega ter contrato com a empresa. Por sua vez, a defesa de Augusto Melo reitera a convicção de que o presidente do Corinthians “não possui qualquer envolvimento com eventuais irregularidades relacionadas ao caso” e que o único papel desempenhado por ele foi “ter recebido a proposta, encaminhado aos departamentos competentes e firmado o contrato com a aprovação de todos os setores envolvidos.”

Augusto Melo responde a outros três pedidos de destituição por outros problemas na gestão, que teve as contas de 2024 reprovadas em meio a um aumento significativo no passivo do clube, de aproximadamente R$ 1,9 bilhão para R$ 2,5 bi, de acordo com as demonstrações financeiras.

Como foi a reunião que definiu o impeachment?

O clima no Parque São Jorge foi bem diferente da reunião iniciada em janeiro. Se naquele dia a organizada Gaviões da Fiel fez coro do lado de fora contra a destituição de Augusto, desta vez a torcida, rompida com o mandatário, não compareceu para se manifestar. As faixas com os dizeres “não vai ter ” também não estavam à vista.

A primeira chamada aconteceu às 18h. A votação aconteceu no salão nobre do Parque São Jorge. ÀS 19h10, pouco antes da segunda chamada, Augusto Melo fez um pronunciamento admitindo a derrota. Ele foi embora do clube após o discurso.

“Não é uma renúncia. Vou brigar para continuar. Eles são a maioria. Tem 60 dias para a assembleia-geral e vou brigar pelo Corinthians”, disse Augusto Melo. “O jogo não acabou, mas saio de cabeça erguida. Saio do Corinthians neste momento, por enquanto, com salários em dia há sete meses, com planejamento de um ano que tinha tudo para dar certo.”

Diferentemente de janeiro, quando o Batalhão de Choque estava no clube para garantir a segurança, a reunião teve clima mais ameno Do colegiado de 300 pessoas, compareceram 236 ao pleito, com duas abstenções. A votação foi realizada secretamente.

Ao longo da segunda-feira, Augusto Melo teve duas derrotas na tentativa de impedir a reunião. Duas ações movidas no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) foram indeferidas e a reunião foi mantida. Ele ainda pode entrar com uma liminar para anular a reunião e a tendência é de que a questão se arraste judicialmente.

Ao longo do dia, o dirigente também entrou com um pedido de habeas corpus após ser indiciado pela Polícia Civil no caso Vai de Bet, mas a liminar foi negada pela juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.

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