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Esportes

Com estilo ‘pantaneiro’, lutador campo-grandense Matheus Barros vence luta no Shooto Brasil

Em entrevista ao Jornal Midiamax, Matheus contou como começou no mundo das lutas
Gustavo Henn -

O campo-grandense Matheus Barros, conhecido também como Matheus Pantaneiro, venceu, na última sexta-feira (21), seu adversário Eduardo Alencar, em luta válida pelo Shooto , uma das principais competições de MMA do Brasil.

No confronto que ocorreu no Rio de Janeiro, Matheus conseguiu aplicar uma finalização no oponente ainda no primeiro round, e conquistou sua quarta vitória como lutador profissional.

“Foi um adversário muito duro. Ele já vinha de uma boa sequência de vitórias, mas eu analisei muito bem ele, as lutas que ele fez, e montei uma estratégia pra conseguir me sobressair contra ele”, contou em entrevista ao Jornal Midiamax.

Matheus explicou que fez sua melhor preparação desde que começou a lutar, com acompanhamento de nutricionista e fisioterapeuta, e a ideia era exatamente a de vencer o adversário logo no primeiro round.

“Só não esperava que seria na finalização, né!? O ideal é que fosse um nocaute, mas finalização é o forte da casa também”, relatou.

Início nas lutas

A paixão pelos esportes de lutas começou na infância de Matheus, por volta dos 12 anos de idade, quando viu um conhecido praticando jiu-jitsu e decidiu se arriscar em um treino. “Depois que eu coloquei o kimono pela primeira vez, eu me apaixonei”, afirmou.

Após alguns anos treinando na modalidade e colecionando algumas vitórias, ele conheceu o muay thai, e, logo em seguida, o MMA. Ele então decidiu definitivamente que era isso que queria para sua vida. Por gostar de “dar socos” e também curtir finalizações e imobilizações, ele viu no MMA a oportunidade de juntar os dois e extrair o melhor de cada modalidade.

Em 2022, ele teve sua primeira luta no MMA, onde permanece até hoje competindo, e representa as equipes Bronx Team e Polidoro Bros. O Pantaneiro também comentou sobre a aceitação da família em relação a sua profissão, que até hoje é um pouco relutante.

“Minha mãe até nunca assiste minhas lutas. Ela fala que só depois que sair o resultado, ela assiste os melhores momentos, e olhe lá”, explicou.

Tem que gostar de apanhar

Desde quando começou a praticar a luta como esporte, Matheus já tinha o sonho de ser lutador profissional um dia, mas a prova real veio apenas durante sua primeira luta no MMA. No octógono, em uma luta pra valer, usando apenas uma luva ‘fininha’, era onde ele descobriria se queria seguir com isso para sua vida.

“Na hora que tomei o primeiro soco, falei: ‘é coisa de louco, né? Você gostar de apanhar, mas é realmente isso que eu quero’, aí fui lá e matei o cara”, contou o atleta.

Depois dessa luta, ele já estava certo de que iria abdicar de muitas coisas para correr atrás de seu sonho e conquistar seus objetivos. Inclusive, ele comenta que seu grande sonho é vestir o cinturão do UFC.

O campo-grandense disse que também já enfrentou grandes desafios por conta de lesões, no quadril e no joelho, que o fizeram ficar fora de combate por cerca de dois anos. “É a parte que mais tive que trabalhar meu mental, o lutador depende muito disso. Se ele está com o mental forte, ele vence qualquer um”.

Após sua segunda vitória no MMA, em um evento em , ele sofreu uma lesão no quadril e passou por cirurgia, ficando um ano parado. Depois que se recuperou, ele rompeu o ligamento do joelho, em menos de um mês entre uma lesão e outra.

“Tive um limbo de praticamente dois anos pra me recuperar das lesões, mas voltei firme e forte”, explica.

(Fotos: Helder Carvalho)

Tradição ‘pantaneira’

Uma das características mais marcantes de Matheus é justamente sua relação com o estado de , que rendeu apelido e até chapéu como objeto tradicional dele.

“Eu amo esse estilo, um pouco mais ‘rústico’, digamos assim. Sempre gostei muito dessa cultura que trazemos aqui no nosso estado”, explica ele. Matheus diz que tenta transmitir isso em suas lutas e que tem essa pegada mais “agressiva”, com menos técnica. Ele também ressaltou a função da luta não apenas como seu trabalho, mas como arte.

“Quando estou dentro do octógono, gosto de fazer um entretenimento, um . Gosto de fazer coisa bonita, pra galera ver, trazer emoção. E tento trazer esse jeito mais pantaneiro de ser para dentro das lutas”

Próximos desafios

Após ganhar repercussão com sua vitória na última luta, principalmente pela forma como foi a luta, Matheus agora pensa e planeja seus próximos confrontos, que espera que seja internacional.

“A expectativa é que seja no exterior. Estou decidindo qual vai ser a melhor proposta para levar o nome do nosso estado. Talvez uma Suíça, em um evento grande que estamos de olho, ou nos Estados Unidos, quem sabe”, contou.

Antes disso, é claro, o atleta aproveita para tirar uma semana ‘sabática’, comendo fora da dieta regrada e dando um tempo dos treinos. “A parte mais sofrida é na dieta, antes da pesagem da luta. Estou nessa semana agora comendo tudo que me dá vontade, feliz da vida, já subi consideravelmente o peso. Mas segunda-feira já estou de volta aos trilhos, prometo”.

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