Durante reunião na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), promovida pela Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto nesta terça-feira (4), com objetivo de discutir a situação do futebol sul-mato-grossense, o presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Estevão Petrallas, afirmou que perdeu boa parte do tempo que terá à frente da entidade apenas se defendendo de acusações.

“Estou preparado para os 90 dias, mas já perdi quase dez dias me defendendo de acusações levianas, desonestas e desleais”, disse Petrallas. Ele destacou ainda que possui planos a serem implementados durante o curto espaço de tempo disponibilizado a ele pela CBF.

“Penso que se nós sobrevivermos por mais dois dias, nós vamos trazer coisas muito boas para o nosso futebol, como todo mundo estava esperando”, afirmou o interino.

O ex-presidente do Operário foi nomeado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) como presidente interino da FFMS, após a prisão no último dia 21, do então presidente Francisco Cezário, envolvido em um escândalo de corrupção na entidade, após investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Entretanto, após sua nomeação no final do mês passado, o nome de Estevão Petrallas foi contestado por diversos dirigentes de clubes federados, sob diversas alegações. “Ninguém imaginava que os próprios dirigentes iriam se digladiar e enfraquecer o poder do futebol. Isso é muito desagradável porque daqui a pouco ninguém mais acredita no futebol do nosso estado”, disse o presidente.

Tal confiança, porém, não encontra respaldo na opinião pública. Tanto é que as críticas se avolumam e até mesmo uma reunião na Alems foi convocada pela Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto, que busca “encontrar saídas para o nosso futebol”, conforme afirmou o deputado Rinaldo Modesto, que presidiu a reunião desta terça-feira.