O mundo do atletismo sofreu abalos com uma polêmica no início da semana. Isso porque, após vídeo da reta final da Meia Maratona de Pequim viralizar na internet, os organizadores afirmaram que o resultado da prova estava sob investigação por suspeita de fraude. Assim, nesta sexta-feira (19), eles cassaram medalhas e premiações de quatro atletas.

He Jie, Dejene Hailu, Robert Keter e Willy Mnangat tiveram seus prêmios retirados. Além disso, acabaram suspensos. Logo, todos os troféus, medalhas e bônus que o grupo recebeu devem ser devolvidos ao comitê organizador da prova chinesa.

O vencedor da corrida foi He Jie, da China. Contudo, imagens divulgadas nas redes sociais mostram que Hailu, da Etiópia, e Keter e Mnangat, do Quênia, parecem desacelerar ao se aproximar da linha de chegada. Além disso, pareciam indicar com as mãos que o chinês poderia ultrapassá-los.

He Jie tem 25 anos e fez o percurso da maratona em 1h03min44s, apenas um segundo à frente do trio. Keter foi o segundo colocado, Mnangat ficou na terceira posição e Hailu, em quarto lugar.

Corredor admitiu contrato para chinês vencer a Meia Maratona de Pequim

Quando a polêmica se instaurou, Willy Mnangat disse que o trio era uma espécie de “ditador de ritmo” para He Jie, e admitiu que ele e mais três corredores fecharam contratos para ajudar o chinês a quebrar o recorde nacional da Meia Maratona de Pequim, que é de 1h02min34s. Segundo o maratonista, um dos atletas não completou a corrida.

“Eu não estava lá para competir”, disse Mnangat à BBC Sport Africa.

A alegação, no entanto, foi contestada pelo comitê organizador, que destacou que todos foram inscritos como corredores regulares e que, portanto, violaram as regras do torneio ao ajudarem He Jie a vencer.