O filme Karatê Kid não inspirou apenas memes nas redes sociais, mas também cumpriu seu papel de divulgar o esporte e mudar a vida de jovens como o campo-grandense Gabriel Toyota, de 16 anos.
Aos 9, o jovem assistiu pela primeira vez a versão mais recente do filme, Karatê Kid (2010), com Jackie Chan e Jaden Smith. Com a luta no sangue, Gabriel já fez Judô quando menor e treinou Ninjutsu.
Ao Jornal Midiamax, o karateca conta que ficou super empolgado para fazer a Karatê ao ver Ralph Macchio em ação na primeira trilogia da saga. “Eu já fazia Ninjutsu, mas não estava muito animado”, relata.
Quando assistiu aos filmes, as lutas o deixaram encantado. Além disso, a parte filosófica apresentada no filme o deixou curioso para conhecer mais.
“Assisti ao filme recente com o Jackie Chan, mas minha mãe me disse que havia os filmes anteriores que deram início e então eu assisti os três primeiros com o Ralph Macchio na sequência e fiquei apaixonado e louco por karatê”, conta à reportagem.
Promessa brasileira do karatê
O atleta de Campo Grande acumula mais de 30 medalhas de campeonatos estaduais e nacionais. Na última edição do campeonato estadual, em 2023, sagrou-se campeão no kata, vice-campeão no kumite, tendo conquistado o ouro em equipe por duas vezes.
Em 2023, foi bronze na etapa classificatória do campeonato brasileiro e vice campeão brasileiro estudantil, representando o Colégio Marista Alexander Fleming, onde estuda. Em 2022, Gabriel foi campeão brasileiro na etapa classificatória em Cuiabá, e vice campeão brasileiro no Estudantil.
Hoje, o atleta é reserva da seleção brasileira de karatê – por apenas 2 décimos perdeu a vaga de titular. “Essa vaga significa que se nos próximos campeonatos o titular não puder entrar, eu entrarei representando o Brasil. É uma honra e resultado de muito treino”, explica Gabriel.
“Meu sonho é competir pela seleção brasileira e representar meu país nos campeonatos Pan-americanos, sul-americanos e Mundiais”, afirma ao Jornal Midiamax.
Fora das Olimpíadas
Antes visto como arte marcial, o karatê estreou no ciclo olímpico nos Jogos de Tóquio, mas foi excluído em Paris 2024 e também vai ficar de fora em Los Angeles 2028.
Segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional), a decisão cumpre metas de rotação de algumas modalidades, atendendo a critérios como popularidade, interesse midiático e engajamento nas redes sociais.
“Eu fico muito chateado porque muitos dos atletas do karatê, claro, têm o sonho olímpico e por conta dessa decisão do COI são prejudicados por não conseguirem o bolsa atleta nacional. É uma pena, ainda mais para uma modalidade centenária como o karatê”, opina Gabriel.
Futuro
Em setembro, Gabriel vai disputar o open nacional e, em novembro, o campeonato brasileiro. Em 2026, o jovem vai tentar novamente uma vaga de titular na seleção brasileira de karatê.
“Vou fazer uma pequena parada em 2025 por conta dos processos seletivos. Como vou estar no último ano do Ensino Médio, vou me dedicar aos estudos para os processos seletivos. Mas em 2026 estarei de volta e com foco na vaga de titular da seleção”, conta o karateca que pretende fazer Engenharia Naval.
