Santos joga mal, empata com o Cuiabá e perde chance de se distanciar da zona de rebaixamento

Serão tensas para o Santos as rodadas derradeiras do Brasileirão. O time alvinegro encarou o Cuiabá na noite desta segunda-feira e saiu da Vila Belmiro sem somar os três pontos que lhe deixaria mais aliviado na luta contra a inédita queda. Marcado pela pobreza técnica, o jogo que reuniu dois dos que lutam para não […]

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Santos

Serão tensas para o Santos as rodadas derradeiras do Brasileirão. O time alvinegro encarou o Cuiabá na noite desta segunda-feira e saiu da Vila Belmiro sem somar os três pontos que lhe deixaria mais aliviado na luta contra a inédita queda. Marcado pela pobreza técnica, o jogo que reuniu dois dos que lutam para não cair terminou empatado sem gols.

Dá pra dizer que foi um tropeço para o Santos, que jogou em casa, mas o time ampliou para quatro a sequência invicta, que tem dois empates e duas vitórias. São 38 pontos somados para a equipe de Marcelo Fernandes, que ocupa o 14º lugar. A preocupação permanece porque está apenas um ponto à frente do Cruzeiro, o primeiro dentro da zona de rebaixamento. O Cuiabá tem 41 e está na 12ª colocação.

Depois de não conseguir ganhar de um rival que joga o “mesmo campeonato” que ele, o Santos terá nas últimas seis rodadas adversários que lutam por vagas na Copa Libertadores (Botafogo, Athletico-PR e Fortaleza). Daí a lamentação com o empate desta noite.

Foi um jogo tenso e ruim na Vila Belmiro. O 0 a 0 foi justo pelo que ambos fizeram. Era possível sentir a tensão nos jogadores santistas, que, nervosos, tomavam decisões erradas no acabamento das jogadas. O Santos não achou um caminho para furar a defesa do Cuiabá, que se propôs a se defender e fez isso com competência. Não conseguiu, porém, contra-atacar com eficiência

Houve mais discussões do que um bom jogo. Deyverson, por exemplo, discutiu com o técnico Marcelo Fernandes e Tomás Rincón encarou Jonathan Cafu. Soteldo tentou ser o mais criativo em campo. O baixinho venezuelano queria ser uma luz na penumbra técnica que se formou na Vila Belmiro. A ordem natural era jogar com o atacante, tanto que os companheiros sempre o procuravam, mas ele também não viveu uma noite de iluminada.

Incapaz de encontrar espaços na zaga do Cuiabá, o Santos exagerou nos cruzamentos para a área. Mendoza, jogando na ponta esquerda, foi um dos que mais tentou e um dos que mais falhou, tanto que nem voltou para o segundo tempo, etapa em que os santistas apresentaram uma melhora à medida que foram mais agressivos.

Por outro lado, os anfitriões, ao se lançarem ao ataque, flertaram com o revés, que só não aconteceu porque o time do Mato Grosso concluiu mal os contragolpes que armou, o melhor deles finalizado para fora por Derik Lacerda.

Inquieto, Marcelo Fernandes mudou peças e alterou mais de uma vez o desenho tático de sua equipe, mas deu resultado. Seus atletas tentaram e muito transpiraram, mas, sem inspiração e com poucos recursos, a vitória não veio. Cotado na seleção brasileira, o artilheiro Marcos Leonardo, principal craque do time, recebeu poucas bolas para decidir e deixou o campo frustrado.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 0 X 0 CUIABÁ

SANTOS – João Paulo; João Lucas (Júnior Caiçara), Messias, Joaquim e Kevyson; Rincón, Jean Lucas (Dodi), Lucas Lima (Nonato); Soteldo (Julio Furch), Mendoza (Maxi Silvera) e Marcos Leonardo. Técnico: Marcelo Fernandes.

CUIABÁ – Walter; Matheus Alexandre, Marllon, Alan Empereur e Rikelme (PK); Fernando Sobral, Allyson e Denilson (Filipe Augusto); Clayson (Wellington Silva), Jonathan Cafu (Derik Lacerda) e Deyverson (Pitta). Técnico: António Oliveira.

ÁRBITRO – Savio Pereira Sampaio (DF).

CARTÕES AMARELOS – Denilson e Fernando Sobral (Cuiabá) e Dodi (Santos).

PÚBLICO – 12.923 torcedores.

RENDA – R$525.085,00.

LOCAL – Vila Belmiro, em Santos.

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