Era uma terça-feira, 8 de julho de 2014, e o Brasil era humilhado dentro da própria casa pela Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em terras brasileiras. Além de perder a chance de fazer a final da competição, a seleção canarinho foi massacrada pelos alemães no fatídico dia que ficou conhecido como o ‘7 a 1’.

“A gente nem pensa. Eu não gosto nem de lembrar desse ‘trem’. Eu estava dormindo, liguei a televisão e vi 7 a 1, falei: ‘Deus que me livre, foi bom que eu não assisti'”, diz o aposentado Cidi Mauro, de 67 anos, ao Jornal Midiamax.

Para ele, falta um bom comando na Seleção Brasileira para que o Brasil volte aos tempos áureos do futebol. “Está faltando é técnico. Isso é o que eu acho”, complementa. A aposta da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é o italiano Carlo Ancelotti, que deve assumir no ano que vem.

Enquanto isso, Fernando Diniz foi oficializado como o técnico interino por um ano, o primeiro nome oficial após a saída de Tite, que deixou o cargo na derrota do Brasil na Copa do Mundo do Catar, em 2022.

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Brasil perdeu de goleada (Foto: Rafael Ribeiro/ CBF)

“Uma vergonha”

O 7 a 1 ficou marcado na memória do país e não foi por um bom motivo. Naquele dia, a seleção não só não cumpriu com as expectativas, como também afundou ela no gramado do Mineirão.

“Pra mim, como um brasileiro, achei uma vergonha. Jamais uma seleção brasileira, pelo estilo de jogador que tinha, perder daquele jeito: feio. Vinha tão bem a seleção, não demonstrava que ia perder de 7 a 1 pra Alemanha não”, opina o autônomo Isaque Barbosa, de 56 anos.

Para ele, o Brasil precisa ‘baixar a bola’ e esquecer que já foi chamado de ‘país do futebol’. “Os outros países se desenvolveram muito [no futebol]. O Brasil não adianta chegar e achar que já ganhou. Não, vai ter que jogar muita bola”, diz à reportagem.

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A cara de choro de David Luiz representou o brasileiro (Foto: Reprodução, arquivo)

A cara do Brasil

Naquele jogo que se tornou histórico, o Brasil começou como de costume: no ataque, tentando empurrar o adversário para a sua área. O time só pecava na troca de passes, com alguns erros, o que permitia aos alemães recompor a marcação e se posicionar melhor em campo.

Passado o sinal de pressão, que não durou mais do que cinco minutos, a Alemanha tomou conta do jogo. Com uma seleção poderosa, muito bem armada, a Alemanha ainda foi beneficiada por uma partida completamente atípica – em que eles jogaram de maneira espetacular, sim, mas o Brasil esteve irreconhecível. 

Os gols alemães foram saindo então em série: Müller, Klose, Kroos (dois) e Khedira fizeram os 5 a 0 do primeiro tempo. Na segunda fase, Schuerrle, que substituiu Klose, fez mais dois e levou o placar a 7 a 0.

Oscar diminuiu para o Brasil, no finalzinho com um gol de honra. A Alemanha venceu por 7 a 1 e foi para a final de uma Copa do Mundo. Ao Brasil, restou a disputa do terceiro lugar, em jogo contra a Holanda. O choro de David Luiz naquele dia repercutiu e se tornou a cara do Brasil da ocasião.

Com os ânimos lá embaixo, a seleção brasileira, comandada por Felipão, levou 3 a 0 dos holandeses. O algoz do Brasil enfrentou o principal rival dos brasileiros, a Argentina, e levou a Copa daquele ano por 1 a 0.