Expulsão temporária? Entenda como funciona possível mudança na regra do futebol

Com expulsão temporária, jogador ficaria fora da partida por tempo determinado. Medida visa a proteger os árbitros de agressões e incentivar a carreira

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Expulsão temporária seria alternativa para árbitros a fim de punir jogadores (Rodrigo Ferreira, CBF, Arquivo)
Expulsão temporária seria alternativa para árbitros a fim de punir jogadores (Rodrigo Ferreira, CBF, Arquivo)

A Ifab (International Football Association Board), entidade responsável por regulamentar as regras do futebol, estuda aplicar nova norma de “expulsão temporária”. Assim, visa a promover a redução de reclamações com árbitros durante as partidas ao redor do mundo.

Além disso, os capitães seriam os únicos a discutir com os juízes no decorrer dos jogos.

De acordo com o jornal britânico The Times, a iniciativa, que ainda está em debate, visa a preservar os juízes de ofensas e agressões. Além disso, facilitaria a tomada de decisão em lances que requerem mais cautela e precisão. Então, no caso da expulsão temporária, cabe ao juiz decidir se determinado jogador fica 10 minutos fora da partida por reclamações exaltadas.

“Os jogadores podem não se preocupar tanto em receber um cartão amarelo por dizerem algo inapropriado ao árbitro, mas pode fazer uma grande diferença se eles souberem que isso significa parte do jogo fora de campo”, explicou Lukas Brud, CEO da Ifab.

Assim, se confirmada, a nova regra passa da expulsão temporária a ser um novo recurso disciplinar aos árbitros que têm à disposição hoje os cartões amarelo e vermelho.

Expulsão temporária já existe na Inglaterra

Assim, a ideia de expulsão temporária passa por testes em categorias de base do futebol da Inglaterra e os resultados são positivos, animando a Ifab. Outra possibilidade em questão é somente autorizar que capitães dos times falem com os árbitros, evitando aglomerações desnecessárias. Este tipo de regra existe no rúgbi, por exemplo.

Então, com a expulsão temporária, a Ifab segue trabalhando em sua prioridade, de proteger a função de árbitros de futebol. A ponto de continuar motivando as próximas gerações a seguir nesta carreira. Isso para elas não se preocuparem com agressões físicas ou outras questões emocionais ao se apitar uma partida de futebol.

“Há um grande problema em reter árbitros ou motivar as pessoas a começarem a arbitrar”, declarou Brud. “Eles veem o que está acontecendo em campo, sentem os abusos e têm medo de agressões. Começa no topo. O que os ídolos de futebol fazem em uma partida, crianças e adultos no futebol amador irão copiar no dia seguinte”, concluiu o dirigente.

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