Mato Grosso do Sul tem se mostrado um celeiro de atletas paralímpicos, que estão ganhando o mundo e trazendo ‘muitos ouros’ para o Estado. Yeltsin Jacques, Hellen Machado e Gabriel Rodrigues são algum dos nomes em alta no cenário nacional.

Se você tem algum tipo de deficiência, seja física ou intelectual, é possível começar a seguir a trilha do esporte paralímpico, que, além de alçar grandes voos, também pode melhorar a saúde.

Como começar?

Profissionais especializados em Educação Especial, Assistência Social e Esportes é que podem fazer a iniciação e a indicação do esporte mais adequado de acordo com a deficiência.

Para isso, é recomendado procurar uma instituição voltada para PcDs ou se informar nas Secretarias Municipais de Esporte, Educação e Assistência Social.

No site do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), neste link, é possível conferir informações sobre instituições para PcDs. Na CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais), dentro da aba “Entidades Cadastradas”, os interessados podem consultar os clubes que estão filiados à confederação.

Basta acessar o menu, escolher os filtros por região e estado, e aparecerá a relação de instituições com cadastro ativo.

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Atletas participam de prova em etapa de Meeting no ano de 2021 (Foto: Ale Cabral/CPB)

Como ser um atleta paralímpico de alto rendimento?

Antes de se tornar um atleta paralímpico de alto rendimento, a pessoa com deficiência precisa ingressar no esporte que pretende praticar por meio de algum clube paralímpico. Além disso, para participar de competições nacionais e internacionais (e algumas regionais), é preciso passar pela classificação, que consiste no nivelamento e na divisão por classes de acordo com as limitações.

Cada esporte possui a sua classificação específica, podendo ser oftalmológica, para os atletas com deficiência visual, funcional, para os atletas com deficiência física, e psicológica, para atletas com deficiência intelectual.

Já as participações em competições nacionais, internacionais e em Jogos Paralímpicos dependem do rendimento de cada atleta.

Depois de estar filiada a algum desses clubes e praticando o esporte de maneira amadora, a pessoa com deficiência precisará se destacar em competições e provas da sua modalidade para que o próprio clube ou patrocinadores comecem a investir na sua carreira como atleta paralímpico.

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Atleta da natação durante Meeting Paralímpico em Campo Grande (Foto: Ale Cabral/CPB)

Como escolher a modalidade?

A escolha de uma modalidade esportiva pode depender, em grande parte, das oportunidades que são oferecidas às pessoas com deficiência, da sua condição socioeconômica, das suas limitações e potencialidades, das suas preferências esportivas, da facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo familiar, de profissionais preparados para atendê-las, dentre outros fatores.

É importante ressaltar que alguns esportes paralímpicos não fazem parte do programa paralímpico. No site do Comitê há uma aba com todas as modalidades e informações sobre cada uma delas.

Como começar a competir?

A pessoa com deficiência praticante de esporte, primeiramente, deve estar filiada a algum clube da modalidade que pretende competir. Este clube ou associação também precisa se inscrever em competições paralímpicas (regionais ou nacionais), e o atleta deve cumprir alguns pré-requisitos presentes no Regulamento daquele evento.

Festival Paralímpico de Campo Grande (Foto: Ale Cabral/CPB/Divulgação)

Atletas de MS em destaque

Os campeões sul-mato-grossenses que se destacaram em Bogotá (COL) e garantiram 3 dos 5 ouros do judô no Parapan-Americanos de Jovens foram convocados para um torneio da modalidade, que acontece no começo de julho, na Finlândia.

A CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) anunciou, na segunda-feira (5), a convocação do grupo de oito atletas que defenderá o país no Small Country Challenge, torneio de judô que acontecerá em Lahti (FIN).

Do grupo chamado para a viagem, quatro acabaram de ser medalhistas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em Bogotá, na Colômbia:

  • Danilo Geronimo Silva (categoria J1 até 73 kg)
  • Gabriel Rodrigues (J1 até 60 kg)
  • Hellen Machado (J2 até 57 kg)
  • Kelly Kethyllin Barros (J2 acima de 70 kg).

Apenas Marcelo Casanova, campeão na J2 acima de 81 kg, não viajará. Gabriel, Hellen e Kelly são de MS.

Quem também é destaque é o medalhista paralímpico Yeltsin Jacques, que foi convocado para o Campeonato Mundial de Atletismo, de 8 a 17 de julho, com disputas no Estádio Charlety, na França.

Dono de duas medalhas de ouro na Paralimpíada de Tóquio-2020 e recordista mundial dos 1.500 metros da classe T11, o atleta foi convocado pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) na semana passada.