Amistoso Inclusivo diverte a todos e exalta o paradesporto em Campo Grande
Campo Grande dos Surdos Futsurdos Clube e Pantanal Esporte Clube venceram o amistoso
Fábio Oruê –
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A Praça Esportiva Belmar Fidalgo foi palco do 1° Amistoso Inclusivo da Capital, neste sábado (7). O evento reuniu 4 equipes distintas, demonstrando que o esporte pode ser um veículo poderoso para unir pessoas de diferentes origens e habilidades.
O amistoso contou com a participação das equipes Pantanal Esporte Clube – Futebol de amputados; Campo Grande dos Surdos Futsurdos Clube (CGSFC); Resenha FC (time feminino) e Pastoral dos Surdos. O objetivo era claro: promover a inclusão, a quebra de barreiras e a valorização das habilidades individuais de cada participante, independentemente de sua condição.
“Esse primeiro amistoso vem com esse objetivo, de fomentar e fortalecer essas categorias, como o paradesporto e o futebol feminino, além de despertar o interesse de qualquer pessoa com deficiência de estar praticando o esporte. Então, a gente vem também para informar que eles podem participar do esporte. E quem sabe, num futuro não tão distante, a gente tenha campeonatos exclusivos para as pessoas com deficiência também”, salientou a subsecretária da SDHU (Subsecretaria de Defesa de Direitos Humanos), Thais Helena.
O coordenador da Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência (CAPED), Joel Faustino, lembra que embrião para o projeto surgiu em 2021, após o sucesso de um jogo voltado à atletas surdos. “O resultado foi tão bom que os próprios jogadores me chamaram e pediram para que organizássemos outro e chegou o dia”.
Joel, que também é amputado, exalta ainda a maneira como o esporte para pessoas com deficiências é tratado pela administração municipal.
“Quero agradecer à atual gestão pelo apoio e pela visibilidade que tem dado às competições e para o esporte voltado à pessoa com deficiência de modo geral. É uma felicidade, reunir todo mundo e ver a alegria do pessoal em poder participar de uma competição digna, num lugar digno, porque houve um tempo em que só tínhamos espaço para treinar no fundão dos bairros, era o lugar que tínhamos, e hoje não, as portas foram abertas para a gente treinar no centro da cidade”, comemora.
Fundado há três anos, o Resenha FC é grupo de mulheres que começou a se reunir sem grandes pretensões, única e exclusivamente pelo prazer de jogar futebol. Mas ao longo desse tempo, o grupo amadureceu e passou a participar tanto de competições de futsal, quanto de torneios de futebol society.
“Ficamos lisonjeadas pelo convite para participar desse evento. Hoje o futebol feminino já é visto com outros olhos, ganhou projeção. Há ainda muito caminho para percorrer, mas já avançamos bastante. Tenho certeza que, por meio de ações como esta, as pessoas com deficiência também conquistarão espaço, seja no futebol ou em tantas outras modalidades”, pontuou Ângela Dutra (53), jogadora do Resenha.
A festa foi marcada por duas partidas, cada uma com dois tempos de 25 minutos. O primeiro jogo foi entre Campo Grande dos Surdos Futsurdos Clube e Pastoral dos Surdos. Vitória da (CGSFC) por 3 x 2. No segundo confronto, o Pantanal Esporte Clube – Futebol de amputados, de virada, venceu as meninas do Resenha FC por 2 x 1.
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