O sobrou em especial nos primeiros 45 minutos. Teve o total controle do jogo, finalizou nove vezes e quase não foi incomodado. Murilo foi escalado como titular pela primeira vez para substituir Gómez, na seleção paraguaia, e correspondeu. O defensor abriu o placar aos 8 minutos ao desviar chute torto de Zé Rafael.

Aos 21, os anfitriões ampliaram com outro zagueiro, Luan. Gustavo Scarpa cobrou escanteio da esquerda e encontrou o defensor livre. Ele pegou de primeira e a bola entrou depois de bater no goleiro Ygor Vinhas. O ponte-pretano poderia ter feito algo melhor, mas aceitou o chute.

O terceiro foi fruto de uma jogada bem construída, com a marca desse Palmeiras letal nos contra-ataques. Raphael Veiga recebeu no meio de campo e deixou Rony na cara do gol. O atacante, novo camisa 10, não bateu como queria, mas a bola entrou depois de resvalar em Ygor Vinhas.

Scarpa ainda chegou a marcar o que seria o quarto gol, mas o auxiliar assinalou impedimento. Ocorre que o meia estava em posição legal, mas o gol não foi revisto porque o VAR não estava funcionando naquele momento. Nas cordas, a Ponte acordou tarde. Perto dos acréscimos, foi ao ataque e fez Marcelo Lomba trabalhar com Lucca. O experiente goleiro se saiu bem na única vez que foi testado e defendeu o arremate rasteiro do atacante.

Como na etapa inicial, na final, o Palmeiras também dominou as ações, evidenciando a diferença de nível técnico entre as equipes, que foi potencializada pela errática atuação do time de Campinas, muito exposto e inseguro. Raphael Veiga quase marcou o quarto em duas oportunidades. Mas em ambas o chute foi para fora, perto da trave. Rony mais uma vez saiu na cara do gol, entretanto, dessa vez chutou torto, para fora.

Depois disso, os donos da casa reduziram a intensidade, o que era esperado. Mas continuaram a não dar espaços para a Ponte Preta, que apostou sem sucesso no veterano Wesley, meio-campista com passagens pelo próprio Palmeiras, além de Santos e São Paulo

Abel Ferreira aproveitou o placar para rodar o elenco nos minutos finais. Lançou mão de Gabriel Menino, Gabriel Veron, Deyverson e Breno Lopes. Preferiu não usar os reforços recém-contratados. Atuesta e Navarro, nomes pedidos pela torcida, viram o triunfo do banco. Somente Jailson, das caras novas, entrou em campo.

Líder do Grupo C com seis pontos, o Palmeiras tem mais dois compromissos pelo Paulistão antes do Mundial, torneio que se tornou obsessão. Encara o São Bernardo no sábado, às 16h, fora de casa, e na terça, dia 1º, às 19h, duela com o Água Santa em casa. No dia seguinte embarca para Abu Dabi, onde espera findar o gracejo dos rivais de que não tem Mundial. A Ponte Preta volta a campo no sábado, quando encara em Campinas a Inter de Limeira

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 3 X 0 PONTE PRETA

PALMEIRAS – Marcelo Lomba; Luan, Murilo (Jailson) e Piquerez; Marcos Rocha, Danilo, Zé Rafael e Gustavo Scarpa (Gabriel Veron); Raphael Veiga (Gabriel Menino), Dudu (Breno Lopes) e Rony (Deyverson). Técnico: Abel Ferreira.

PONTE PRETA – Ygor Vinhas; Norberto, Fábio Sanches, Fabrício e Guilherme Santos; Moisés Ribeiro, Léo Naldi, Marcos Júnior (Wesley), Igor Formiga (Luiz Fernando) e Fessin; Lucca. Técnico: Gilson Kleina.

GOLS – Murilo, aos 8, Luan, aos 21, Rony, aos 27 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Raphael Claus (SP).

CARTÕES AMARELOS – Marcos Júnior, Raphael Veiga, Wesley

RENDA – R$ 773.408,18.

PÚBLICO – 17.662 torcedores.

LOCAL – Allianz Parque.