Frustração: falta de ambulância impede partida de futebol americano em Campo Grande
Time do Paraná veio a Campo Grande, mas partida não foi realizada
Aliny Mary Dias, Graziela Rezende –
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Partida válida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Americano, que seria realizada na tarde deste sábado (20), em Campo Grande, terminou com jogadores e torcida frustrada. Isso porque a falta de uma ambulância impediu que a partida entre time de Campo Grande e do Paraná fosse realizada.
A disputa entre o Campo Grande Cowboys e o Londrina Bristlebacks aconteceria no Centro Poliesportivo da Vila Nasser, às 14 horas. Mas, como em toda prática de esporte de alto rendimento, era necessária a presença de uma ambulância.
Responsável pela organização da partida, o time de Campo Grande contava com apoio de um político que prometeu custear a contratação da ambulância. Mas na hora da partida, a promessa não se concretizou.
Frustrada com a situação, a direção do Campo Grande Cowboys conta que fez rifas ações beneficentes e contou com doações para que a partida fosse realizada. O único apoio do poder público foi a cedência do campo, por meio da Funesp (Fundação Municipal de Esporte).
Presidente do Cowboys, Victor Zane, de 29 anos, disse ao Jornal Midiamax que os atletas e apoiadores passaram a semana se preparando para a partida e fazendo a preparação do campo conforme prevê a Confederação Brasileira de Futebol Americano.
“O campo não estava em boas condições, nós tiramos do bolso para preparar tudo, compramos tinta. Estamos muito decepcionados”, conta o presidente, que também é atleta do time.
O time da Capital, inclusive, tem entre seu plantel de atletas um jogador dos Estados Unidos que chegou a doar 500 dólares para viabilizar a partida. Frustrado com a situação, o americano deixou o campo logo após a confirmação de que não haveria jogo.
A arbitragem responsável pela partida chegou a aguardar quase 1 hora pela chegada da ambulância, mas diante da pressão do time do Paraná, deliberou pelo W.O, ou seja, a derrota do time de Campo Grande, responsável pelo mando de campo.
Torcedores que saíram de casa em uma tarde gelada de sábado para conhecer ou apreciar a modalidade também se frustraram. a professora Renata Medina, de 32 anos, é namorada de um dos atletas do Cowboys e testemunha do esforço que os jovens fazem para tentar competir.
Ela conta que outras duas partidas que o Cowboys deveria ter disputado neste ano fora de casa também não aconteceram. Isso porque na última hora o time não recebeu o apoio financeiro para custear as viagens. “Eles estão desde junho se preparando para o jogo de hoje, é muito frustrante”, lamenta.
A reportagem apurou que a contratação da ambulância prometida por um político custaria R$ 6 mil. Um assessor do político que estava no local do jogo chegou a tentar viabilizar a contratação de outra empresa, mas em razão do horário, não houve tempo hábil e partida não aconteceu.
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