Com um a menos, Palmeiras supera o Santos com golaço de Merentiel

O time aumentou sua invencibilidade para 12 jogos no torneio

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Palmeiras segue na liderança isolada. (Foto: Divulgação, Palmeiras)

As expulsões têm sido uma dor de cabeça para o Palmeiras. Nos últimos nove jogos, foram quatro. Depois de dramas na Libertadores, a equipe alviverde novamente teve de se virar com um a menos diante do Santos após a expulsão de Danilo aos 14 da etapa final neste domingo. E de novo o time se superou. Jogando melhor com dez jogadores, o time venceu por 1 a 0, golaço de Merentiel, e caminha firme na liderança do Brasileirão.

Quando perde um jogador, o Palmeiras tira forças sabe-se lá de onde – provavelmente dos 40 mil torcedores do Allianz Parque. A torcida ajudou e muito para que o time se mantivesse líder, agora com 57 pontos, com uma vantagem mais do que confortável na primeira posição. A vitória pode ser decisiva na luta pelo título. Já o Santos ficou estacionado nos 34.

O time aumentou sua invencibilidade para 12 jogos no torneio. Já são 18 rodadas seguidas na ponta. Diante do rival, os números são ainda mais expressivos. O time alviverde não perde para o Santos há nove partidas (sete vitórias e dois empates).

A última vez que o time alvinegro venceu foi pelo returno do Brasileirão de 2019, na Vila Belmiro.

Clássicos têm uma lógica própria nos quais a rivalidade entre times grandes cria uma realidade paralela, que vai além dos retrospectos e tabus. Nesse contexto, o Santos foi mais consistente no início. Treinado interinamente por Orlando Ribeiro enquanto a diretoria define um treinador definitivo, o time conseguiu segurar a bola e suportar a pressão que se esperava do líder do torneio jogando em casa. Pelas pontas, os atacantes santistas frearam os laterais do rival.

Alguns nomes garantiram o equilíbrio do jogo. O principal deles foi Soteldo, escalado numa função de armação. Em seu quinto jogo após seu retorno, o venezuelano se mostrou lúcido e inteligente ao abrir o jogo para Lucas Braga finalizar e exigir boa defesa de Weverton, aos 22.

O Palmeiras sentia falta de um organizador no começo do jogo. Tecnicamente, os principais jogadores não estavam inspirados. Bruno Tabata, escalado numa posição mais centralizada, demorou para se encontrar. A marcação santista estava encaixada. O time da casa tentou encontrar espaços pelos lados do campo, seu ponto forte, com Dudu e Roni, com inversões de bola longa.

Faltava, no entanto, uma finalização mais perigosa. A cabeçada de Dudu, na metade do primeiro tempo, não chegou a ser tão contundente. Foram oito finalizações, mas nenhuma com grande perigo a João Paulo. O Palmeiras, com força máxima, teve mais volume de jogo, mas o Santos executou melhor sua ideia de jogo.

A expulsão (correta) de Danilo aos 14 da etapa final mudou o panorama do clássico. A falta por trás em Soteldo, matando o contra-ataque, era para cartão vermelho mesmo. A exemplo que havia ocorrido em outros jogos, a torcida empurrou, e o Palmeiras conseguiu ser mais objetivo. Curiosamente, o time melhorou e conseguiu boas chances com Rony, aos 22, Dudu, aos 24, e Merentiel, de bicicleta, aos 29. O Santos respondia na mesma moeda, com finalizações perigosas de Soteldo.

Mas Merentiel tentou de novo uma jogada de efeito e conseguiu. Com um belo gol de voleio aos 31 do segundo tempo, o uruguaio abriu o placar. Um golaço de um coadjuvante (foi seu segundo no clube) que provou que o Palmeiras é capaz de subverter qualquer lógica quando tem um jogador a menos.

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