Treino de manhã, estudo à tarde e, à noite, mais treino. Essa poderia facilmente ser a rotina de jogadores como Neymar, Messi ou Raphael Veiga, mas é a do jogador prodígio Brenno Lucas Freitas, de 12 anos. Natural de Campo Grande (mas três-lagoense de coração), o adolescente se prepara para enfrentar o primeiro dos grandes desafios na vida de um atleta.
Isso porque, na semana que vem, o jogador vai passar por uma avaliação de uma semana para integrar o time de base do Palmeiras — time tricampeão da Libertadores. Se passar na observação do técnico da categoria, Brenno já vai pode se considerar um jogador palmeirense.
“A gente está alegre até agora. Toda a família fica na expectativa. Desde pequeno ele quer seguir essa carreira, então, com essa oportunidade no Palmeiras, todo mundo está muito feliz. Para a gente já é uma vitória, independente do resultado”, vibra o pai orgulhoso, Marcelo Freitas, de 43 anos.
Desde pequeno
As chances de integrar um time grande não vieram de graça: desde os 3 anos, quando começou a treinar futebol, Brenno já mostrou que tem a gana de um jogador.
“Ele é muito disciplinado. Treina três vezes por semana, de manhã e à noite, depois da aula. E os horários que ele não treina fora, ele treina em casa. Faz exercício sozinho, faz paredão”, conta o pai ao Jornal Midiamax.
Com foco no Palmeiras, o prodígio já passou pelos exames médicos e vai fazer a avaliação em frente ao estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, em São Paulo. Se tudo der certo, daqui a uns anos entra na arena como meia-atacante do time principal.
“Eu estou bastante ansioso. Isso faz parte, o Palmeiras é um grande clube e estou me sentindo muito confiante. Eu treino de manhã e à noite para quando chegar a oportunidade eu não desperdiçar”, comenta Brenno com a reportagem.
Jogador disputado
A fama de prodígio não é a toa, já que outros times estão de olho no jogador — e atleta disputado é atleta caro. Conforme contou Marcelo, Brenno já está sendo monitorado pelo Athletico Paranaense e conseguiu uma vaga também na Associação Desportiva Cabofriense, do Rio de Janeiro.
O adolescente treina no Colégio Unitrês/Objetivo de Três Lagoas, que tem uma parceria com o Clube Athletico (PR). Além disso, na parte da noite, treina futebol de salão e integra o Jomap, time da Escola Estadual Professor João Magiano Pinto.
“Ele também foi convidado a ir no Paraná conhecer a estrutura do time do Arapongas Futebol Clube. Eu levei ele lá e eles mostraram a estrutura e até permitiram que ele ficasse lá se a gente quisesse”, diz o pai, com entusiasmo pelas conquistas do filho.
Mudança
Porém, pela idade, Brenno não pode ficar nos alojamentos dos times no qual foi convidado a jogar, já que os clubes aceitam apenas atletas a partir do 14 anos nas acomodações. Por isso, os desportistas menores precisam se mudar com a família ou ‘dar outro jeito’ de ficar na cidade.
“Ano passado fomos passar férias na casa de parentes no Rio de Janeiro e ele fez teste no Cabofriense e foi aprovado, mas tinha que mudar para lá”, relata Marcelo.
Entretanto, com a oportunidade de jogar no Palmeiras, a família, que tem uma confeitaria em Três Lagoas, já está viabilizando uma mudança. “Eu tenho uma irmã que mora em São Paulo. A gente já está vendo a possibilidade de, caso ele passe, a gente mudar para lá sim”, adianta.
Além do pai e da mãe de Brenno, também integram a família o irmão mais velho, Vitor Hugo, de 15 anos, e a irmã mais nova, Ana Clara, de 9.
