A partida foi difícil. Depois de abrir 2 a 0 com segurança, o São Paulo recuou, permitiu o primeiro gol do Atlético e terminou o jogo no sufoco. O time venceu, mas a luta contra as últimas colocações deve continuar nas próximas rodadas.

Foi a primeira partida do São Paulo após a eliminação na Copa do Brasil diante do Fortaleza. Com o triunfo, o São Paulo encerrou uma invencibilidade de sete partidas dos goianos, que somavam seis empates e uma vitória.

Sem Miranda, suspenso, o técnico Hernán Crespo abriu mão da escalação com três zagueiros. Em contrapartida, reforçou o meio-campo com três volantes. Os laterais, principalmente Reinaldo, tiveram maior presença ofensiva. Sem Benítez e Igor Gomes, a armação das jogadas ficou com Rodrigo Nestor e Gabriel Sara. As peças se movimentaram mais e o time conseguiu um jogo mais dinâmico que as últimas partidas.

Paralelamente à mudança tática, o time esteve mais “ligado” no jogo. Esse termo subjetivo significa uma troca de passes mais rápida da defesa para o ataque. Talvez quer dizer que os meias estavam chegando mais ao ataque, o que não aconteceu nos últimos jogos. Briga em cada dividida.

Com esse espírito, o São Paulo conseguiu sair do desconforto inicial, quando o Atlético marcou sob pressão a saída de bola. Neste começo, o visitante quase abriu o placar aos 2 minutos. Após Tiago Volpi espalmar um cruzamento, André Luis driblou Reinaldo dentro da área e chutou para fora. Foi quase.

Depois desse susto, o São Paulo “acordou”. A chave foi a movimentação dos meias e dos volantes, que tiveram espaço para jogar. O Atlético marcava mal. O time teve boas chances com Rigoni, que tocou para fora após saída do goleiro Fernando Miguel, e Rodrigo Nestor. Faltava acertar a pontaria. Isso aconteceu aos 35. Após belo cruzamento de Rodrigo Nestor, que foi na verdade um passe, Emiliano Rigoni marcou de cabeça. Foi seu 3º gol no torneio e o 10º em 24 jogos na temporada. São números que confirmam como ele é o principal atacante do São Paulo na temporada.

Acuado, o Atlético avançou e levou perigo na jogada aérea, e Natanael desperdiçou grande chance no final do primeiro tempo. Após desvio de André Luís, o camisa 11 estava livre na pequena área, mas cabeceou mal. Ele parecia impedido, mas Arboleda dava condição.

A necessidade de buscar o empate fez o Atlético abrir espaços. E o São Paulo aproveitou a primeira chance que teve. Galeano fez jogada de ponta e cruzou para Luciano marcar o segundo gol. Destaque para a jogada do atacante paraguaio que entrou bem pela direita, no lugar de Igor Vinicius, contundido.

Depois de uma atuação segura da defesa em grande parte do jogo, o São Paulo sofreu na reta final do jogo. A primeira falha aconteceu no gol do Atlético. Pressionado por quatro jogadores, André Luis conseguiu cruzar para Mateus Barbosa finalizar e diminuir: 2 a 1.

O peso da má campanha no torneio e a necessidade de vencer fizeram o técnico Crespo optar por uma substituição conservadora: a entrada de Bruno Alves no lugar de Gabriel Sara. Era a volta do esquema com três zagueiros.

Crespo também promoveu a estreia de Jonathan Calleri. O argentino voltou após cinco anos de uma passagem marcante. Em 2016, o atacante se destacou na campanha semifinalista na e anotou 16 gols em 31 jogos. A estreia foi discreta. Ainda sem ritmo, conseguiu uma boa jogada quando cruzou, mas Rigoni chegou atrasado.

Nos minutos finais, o São Paulo sofreu para segurar o placar e mostrou como a equipe ainda vive um momento difícil no Campeonato Brasileiro.