O resultado foi excelente. A apresentação santista, mais uma vez preocupante. Os comandados de Fernando Diniz pouco produziu na Arena Condá e, não fosse seu goleiro, amargariam mais um placar ruim como visitante. Foram ao menos três grandes defesas de João Paulo, que ainda viu Perotti parar na trave num segundo tempo todo dos catarinenses.

O Santos sobe para os 19 pontos, na sétima colocação, deixando os catarinenses afundado na última colocação. Ganha um respiro para confirmar a classificação nas quartas de final da Copa do Brasil, na qual tem vantagem de 4 a 0 sobre o Juazeirense, antes de fazer o clássico com o Corinthians.

Mesmo na última colocação, a produziu chances suficientes para ter melhor chance na partida. Cresceu na etapa final e lamenta uma derrota na qual jogou melhor. O Santos mais uma vez mostrou ser dependente de Marinho, suspenso neste domingo.

Pior visitante até então no Brasileirão, com quatro derrotas e dois empates, o Santos tinha diante da lanterna Chapecoense a chance de desencantar longe da Vila Belmiro. Sabia que não podia desperdiçar pontos contra uma equipe afundada na última colocação e sem nenhum triunfo em 13 rodadas.

O Santos, contudo, tinha de demonstrar superação sem seu principal jogador. Marinho estava suspenso e sem o camisa 11, o desempenho ofensivo do time costuma cair nos jogos. E foi realmente o que se viu na Arena Condá.

Mesmo com a posse de bola na primeira etapa, o Santos quase não ameaçou o gol da Chapecoense. Já o goleiro santista teve de trabalhar bem em duas oportunidades. Em uma delas, após sair jogando errado e entregar para o adversário. Se redimiu numa etapa bem fraca e definida num lance polêmico.

Madson se enroscou com o defensor dentro da área e o árbitro nada marcou. O VAR sugeriu pênalti e Rodolpho Toski mudou de opinião, seguindo a recomendação após observar um agarrão no vídeo. Os catarinenses reclamaram muito e o auxiliar de Jair Ventura acabou expulso.

Sem Marinho, a cobrança ficou a cargo de Carlos Sánchez. O goleiro João Paulo, da Chapecoense, disse ao uruguaio que pegaria se ele batesse mal. E assim o fez, mandando a escanteio. Mas se adiantou no lance e a arbitragem mandou voltar a cobrança Na segunda tentativa, o santista mandou no ângulo.

Sem nada a perder, a Chapecoense aumentou o poder ofensivo na etapa final diante de um Santos pouco produtivo e escorado na vantagem parcial. Foram dois sustos seguidos, com Fabinho e Geuvânio. A mostra que o Santos estava mal era o desespero de Fernando Diniz na beira do campo. Gritos, gestos, palavrões…

João Paulo, do Santos, seguiu salvando o Santos, com outras duas boas defesas. Uma tinha destino certo e ele voou para espalmar. Os visitantes não acertavam passes e se viam acuados, passando sufoco. Perotti carimbou a trave em momento no qual a Chapecoense era muito melhor e já merecia ter empatado.

Mesmo dizendo que não estava cansado, Carlos Sánchez acabou substituído. A perda de fôlego do uruguaio contrastou com a queda de rendimento santista. Com o meia mal, a equipe não passava mais do meio e Diniz tentava recolocar o Santos na partida.

Mesmo com as trocas, a equipe seguiu apertada até o minuto final Mas conseguiu segurar a vantagem mínima e levar três pontos preciosos para casa. Desencantou e deixou a péssima marca de ser o pior visitante no Brasileirão.