Mas a derrota não foi para qualquer time. O Náutico é líder isolado da competição e com 100% de aproveitamento, somando 15 pontos em cinco jogos disputados. O atual campeão pernambucano não perde em casa desde outubro do ano passado, numa sequência de 21 jogos sob o comando do experiente Hélio dos Anjos.

No Recife, o primeiro tempo foi intenso. O Náutico teve maior posse de bola, porém, o jogo foi bastante equilibrado. O jogo começou nervoso, com Warley, do , e Vinicius, do Náutico se desentendendo e recebendo cartões amarelos. Hélio dos Anjos reclamou da arbitragem, recebeu o amarelo, seguiu reclamando e foi expulso aos nove minutos. Passou a gritar com o time das arquibancadas.

O Náutico saiu na frente aos 15 minutos. Jean Carlos cobrou escanteio do lado direito em curva. Houve desvio de cabeça na primeira trave e quase em cima da linha com Pedro Castro. Um gol contra.

O Botafogo tentou o empate em seguida e quase empatou. Aos 18, Chay cobrou falta, encobriu a barreira e o goleiro Alex Alves saltou para com um tapa mandar a bola para escanteio. Uma grande defesa. Dois minutos depois, após cruzamento, Rafael Navarro se esticou na pequena área e Alex Alves defendeu de novo.

O Botafogo voltou com duas mudanças. Daniel Borges no lugar de Warley e Diego Gonçalves na vaga de Chay. Logo no primeiro minuto Pedro Castro arriscou de fora da área e Alex Alves espalmou. O duelo entre os dois teve nova disputa aos 10, quando o botafoguense apareceu livre na pequena área e chutou duas vezes para duas defesas do goleiro.

O time pernambucano esperou um contra-ataque para ampliar o placar. Aos 21 minutos teve um pênalti a seu favor, quando Paulo Victor tocou nas pernas de Erick. Na cobrança, Kieza chutou no canto esquerdo, o goleiro Douglas Borges caiu certo e defendeu em dois tempos.

Depois disso, Marcelo Chamusca arriscou no lado carioca. Colocou o atacante Rafael Moura e o meia Felipe Ferreira, respectivamente, nos lugares de Pedro Castro e Marco Antônio. A recompensa veio com o empate aos 29 minutos. Rafael Moura recuperou a bola perto da área, numa saída de bola errada do Náutico, passou para Diego Gonçalves que fez o passe lateral para o chute rasteiro de Felipe Ferreira.

Mas no final do jogo aconteceu o lance polêmico que definiu o placar, quando Paulo Victor outra vez foi infantil ao dar uma rasteira em Hereda, quando a bola já estava saindo. Pênalti, muito contestado pelos botafoguenses. Mas o árbitro mineiro Wanderson Alves de Sousa mostrou personalidade e confirmou a marcação após consulta no auxiliar. Na batida, Jean Carlos acertou o ângulo direito do goleiro, sem chances de defesa aos 44 minutos.

Restou ao Botafogo pressionar nos minutos finais, mas sem sucesso ainda levou o terceiro gol. O goleiro Alex Alves deu um chutão para frente, a bola quicou e, já dentro da grande área, Paiva bateu de primeira no canto esquerdo do goleiro. Festa do Timbu.

Pela sexta rodada, o Náutico vai enfrentar o Londrina, na quarta-feira, às 16 horas, no norte do Paraná. O Botafogo só volta a campo no próximo sábado, 26, diante do Sampaio Corrêa, às 16h30, em São Luis (MA).

FICHA TÉCNICA:

NÁUTICO 3 x 1 BOTAFOGO

NÁUTICO – Alex Alves; Hereda, Camutanga, Wagner e Bryan; Matheus Trindade (Luiz Henrique), Rhaldney (Marciel) e Jean Carlos; Erick (Paiva), Kieza (Giovanny) e Vinícius (Matheus Carvalho). Técnico: Hélio dos Anjos.

BOTAFOGO – Douglas Borges; Warley (Daniel Borges), Kanu, Gilvan e Paulo Victor; Luis Oyama, Pedro Castro (Rafael Moura), Marco Antônio (Felipe Ferreira), Chay (Diego Gonçalves) e Guilherme Santos (Barreto); Rafael Navarro. Técnico: Marcelo Chamusca.

GOL – Pedro Castro (contra), aos 15 minutos do primeiro tempo. Felipe Ferreira, aos 29, Jean Carlos, aos 44, e Paiva, aos 50 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Vinícius, Camutanga, Wagner, Hereda e Hélio dos Anjos (Náutico); Warley, Pedro Castro, Guilherme Santos, Kanu e Rafael Carioca (Botafogo).

ÁRBITRO – Wanderson Alves de Sousa (MG).

RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.

LOCAL – Estádio dos Aflitos, em Recife (PE).