No Equador, para onde o jogo foi remarcado em razão dos protestos contra o governo na Colômbia, o enfrentou um oponente duro e reclamou muito de um pênalti bastante discutível que o juiz chileno assinalou a favor dos colombianos no começo do jogo. No fim, pelo contexto e também em termos de classificação, o resultado teve gosto de vitória.

Isso porque a equipe carioca foi beneficiada pelo empate sem gols do River Plate com o Santa Fe e continua dividindo a liderança do Grupo D da com o time argentino. Ambos somam cinco pontos. Ainda sem vencer no torneio, o Junior Barranquilla tem dois e se complicou na chave.

O jogo em Guayaquil teve clima de guerra, muita tensão e pouca técnica, especialmente no primeiro tempo, em que os dois times mais brigaram do que jogaram. O Fluminense ficou muito nervoso depois que o árbitro chileno Julio Bascuñán marcou pênalti aos oito minutos. No lance, Kayky tocou apenas a bola, Fuentes se atirou e o juiz considerou falta. Na cobrança, Borja, ex-Palmeiras, bateu com força e abriu o placar.

Os jogadores da equipe tricolor sentiram o gol e se irritaram com a confusa e polêmica arbitragem. Nervoso, o Fluminense teve dificuldade para criar, mas chegou ao empate na bola aérea. Após escanteio da direita, a bola foi desviada na primeira trave por Luccas Claro e sobrou para o jovem Kayky, bem colocado, dominar e mandar para as redes aos 19 minutos.

O empate saiu em um momento oportuno, já que os visitantes estavam inseguros e não conseguiam se encontrar na partida. Depois do gol, encaixaram a marcação e passaram a ter mais tranquilidade para sair ao ataque. Num duelo pegado, os experientes ajudaram os jovens a se acalmarem.

Um dos mais rodados, Nenê assustou em cobrança de falta por cima do gol. Depois disso, houve pouco jogo e um festival de cartões amarelos e discussões recorrentes com o árbitro, que perdera o controle do duelo.

No segundo tempo, os dois times melhoraram a produção ofensiva, mas não foram eficientes. Jogador mais perigoso do Junior Barranquilla, Borja quase balançou as redes de novo no início da etapa final, mas Marcos Felipe impediu o gol. O Flu respondeu com Fred, que cabeceou com força para a defesa de Viera. Na sequência, os colombianos assustaram com Pajoy, que finalizou com capricho de canhota buscando o cantinho do gol e viu a bolar sair por pouco.

O jogo ficou franco, com chances para os dois lados. Roger lançou Cazares, Bobadilla, Gabriel Teixeira e Caio Paulista a fim de oxigenar a equipe, mas o Fluminense não tinha mais pernas para atacar. Os jogadores sentiram demais o cansaço depois de ter chegado ao Equador apenas de madrugada, mas foram guerreiros para segurar o empate e sair de Guayaquil com um ponto.

Antes de voltar a pensar na Libertadores, o Fluminense tem compromisso pelo Carioca. No domingo, às 16h, o time tricolor encara a Portuguesa, pelo jogo de volta das semifinais. Pelo torneio continental, o próximo adversário é o Santa Fe, terça-feira, às 21h, no Maracanã.

FICHA TÉCNICA

JUNIOR BARRANQUILLA 1 X 1 FLUMINENSE

JUNIOR BARRANQUILLA – Viera; Viáfara, Rosero, Martínez e Fuentes (Velasco); Vásquez, Moreno e Hinestroza; Pajoy (Berdugo), Cetré (Piedrahita) e Borja. Técnico: Luis Perea.

FLUMINENSE – Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Martinelli, Yago Felipe (Wellington) e Nenê (Cazares); Kayky (Gabriel Teixeira), Luiz Henrique (Caio Paulista) e Fred (Bobadilla). Técnico: Roger Machado.

GOLS – Borja, aos dez, e Kayky, aos 19 minutos do primeiro tempo

ÁRBITRO – Julio Bascuñán (Chile)

CARTÕES AMARELOS – Nino, Nenê, Danilo Barcelos, Viera, Borja e Martínez

PÚBLICO E RENDA – Jogo sem torcida.

LOCAL – Estádio Monumental Banco Pichincha, em Guayaquil, no Equador.