Com imagens aparentemente inconclusivas, já que foram quase 15 minutos até que a situação fosse resolvida, coube a Rodrigo Dalonso Ferreira mudar a decisão de dentro de campo para anular o gol que seria da vitória do Cruzeiro. O árbitro deu mão de Marco Antônio, antes do meia dar passe espetacular para Marcelo Moreno mandar a bola para o fundo das redes.

A polêmica fez Vanderlei Luxemburgo ser expulso. O treinador deixou o campo chamando o árbitro de mal-intencionado. O tom crítico também esteve na entrevista de Marcelo Moreno ao final da partida.

E não ficou por aí. A torcida, presente na Arena do Jacaré, não teve bom comportamento adequado. Com direito a aglomeração, as polêmicas foram como um fósforo jogado na lenha. Teve confusão na arquibancada e objetos jogados para dentro de campo.

O empate não foi o resultado que o Cruzeiro queria, mas fez a equipe celeste chegar ao 11º jogo sem derrotas, com 30 pontos. O Operário ficou com 34, ambos ainda um pouco longe da briga pelo G-4.

O JOGO – O primeiro tempo acabou com muita reclamação por parte do Cruzeiro. Inflamada por conta do apoio dos seus torcedores, o time celeste contestou muito um pênalti marcado a favor da equipe do Operário, que empatou a partida na cobrança de Paulo Sérgio. A falta foi marcada dentro da área após Eduardo Brock acertar as costas de Djalma Silva.

O placar havia sido inaugurado aos 16 minutos, quando Claudinho aproveitou uma falha de Fabinho para tocar a bola por cima do goleiro Simão. No entanto, o time mineiro foi pragmático. Apesar de Luxemburgo apostar em um time ofensivo, com Marcelo Moreno, Wellington Nem e Dudu, o time praticamente não criou e cedeu o empate antes do intervalo.

O equilíbrio, inclusive, tomou conta do jogo. Os times terminaram a etapa inicial com 50% de posse de bola para cada lado. O empate acabou traduzindo muito bem tudo o que ocorreu nos primeiros 45 minutos.

O segundo tempo não foi menos burocrático. Luxemburgo aproveitou para realizar mudanças na equipe, mas as melhores oportunidades seguiram sendo criadas por Wellington Nem. Na melhor delas, o atacante exigiu grande defesa do goleiro Simão. O Operário tentava sair, mas tinha como prioridade controlar os avanços do rival.

Se tem um responsável pela igualdade é o goleiro Simão. Ele fez defesas incríveis que garantiram o empate por 1 a 1 na noite desta quinta-feira. Luxemburgo colocou o time no ataque, tirou um volante e botou Rafael Sóbis. A pressão continuou e o duelo se transformou em ataque contra a defesa.

Aos 52 minutos, o Cruzeiro chegou ao gol com Marcelo Moreno, após belo passe de Marco Antônio. Com muita confusão e demora, o árbitro anulou o gol, assinalando mão do meia, e deu números finais ao duelo.

Na próxima rodada, o Cruzeiro enfrenta o no domingo, às 16h, no estádio São Januário, no Rio. Já o Operário entra em campo na quarta-feira, às 21h30, diante da Ponte Preta, no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa (PR).

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 1 X 1 OPERÁRIO

CRUZEIRO – Fábio; Raúl Cáceres (Marco Antônio), Ramon, Eduardo Brock e Matheus Pereira (Thiago); Adriano (Rafael Sóbis), Rômulo e Claudinho (Giovanni); Wellington Nem, Marcelo Moreno e Dudu (Felipe Augusto). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

OPERÁRIO – Simão; Fábio Alemão, Rodolfo Filemon, Reniê e Fabiano; Leandro Vilela (Alex Silva), Marcelo Santos (Rafael Longuine), Thomaz (Felipe Garcia), Marcelo (Pedro Ken) e Djalma Silva (Gustavo Coutinho); Paulo Sérgio. Técnico: Matheus Costa.

GOLS – Claudinho, aos 16, e Paulo Sérgio, aos 37 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Rodrigo Dalonso Ferreira (SC).

CARTÕES AMARELOS – Eduardo Brock e Marcelo Moreno (Cruzeiro); Djalma Silva, Leandro Vilela, Simão e Thomaz (Operário).

LOCAL – Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG).