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Esportes

Em 1º clássico com torcida, São Paulo e Santos empatam e seguem pressionados

Após o apito final, o apoio dos torcedores virou vaias
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Assessoria/Santos
Assessoria/Santos

No primeiro clássico com público na capital paulista, o São Paulo reencontrou o seu torcedor, mas não a vitória. Na noite desta quinta-feira, apoiado por 5.529 torcedores no Morumbi, o time de Hernán Crespo empatou com o Santos no duelo entre dois concorrentes a se livrar da queda, pela 24ª rodada do Brasileirão. Carlos Sánchez fez um golaço e encerrou a seca de mais de um mês sem gols da equipe santista. Calleri marcou de pênalti o primeiro gol desde que retornou ao clube tricolor. Após o apito final, o apoio dos torcedores virou vaias.

O resultado não alivia a pressão sobre os dois times e também em cima dos técnicos. Crespo e Fábio Carille seguem muito cobrados e as equipes não conseguem abrir distância da zona de rebaixamento do Brasileirão. O São Paulo tem 29 pontos e caiu para o 14º lugar e o Santos, com 25, é o primeiro fora do grupo do descenso. Está a dois pontos do Grêmio, que abre a zona de rebaixamento.

O ingresso caro e a má fase do time afastaram o são-paulino do Morumbi, que poderia receber perto de 19 mil torcedores, mas pouco mais de 5 mil foram ao estádio. O São Paulo prometeu que o preço dos ingressos “terá uma redução gradativa de valores à medida em que a volta do público for liberada”. Neste momento, o Morumbi e todos estádios no Estado podem receber 30% de sua capacidade, que aumentará para 50% a partir do dia 16 e 100%, a partir de 1º de novembro.

Os são-paulinos apoiaram, mas também xingaram o time no primeiro tempo. O comportamento do torcedor é resultado da atuação da equipe. Os anfitriões deram espaço para o melhor jogador do Santos abrir o placar na única vez em que o time treinado por Carille chegou ao ataque. Depois, os donos casa tomaram o controle do jogo, empataram e ficaram perto da virada. Rigoni não balançou as redes, mas quase todas as ações ofensivas passaram pelos seus pés.

Armado com três zagueiros, o Santos encerrou a seca de mais de um mês sem marcar com Carlos Sánchez. Foi um golaço do uruguaio, que, desmarcado, teve tempo de dominar, ajeitar o corpo e colocar a bola onde quis. Ela morreu no ângulo esquerdo de Volpi aos seis minutos da primeira etapa. O gol, fruto da qualidade individual de seu melhor jogador de linha, foi o que fez de positivo os visitantes nos primeiros 45 minutos.

Com a vantagem no placar, o Santos se retraiu com a ideia de sair em velocidade no contra-ataque. Mas a equipe não só não conseguiu armar contragolpes, como chamou o São Paulo para seu campo. Escalado para atacar, com Luciano de meia e três atacantes, o time tricolor dominou o rival e intensificou a pressão. Calleri perdeu um gol na pequena área, quase marcou em chute cruzado até que empatou em cobrança de pênalti. Na jogada, Rodrigo Nestor finalizou de longe, a bola desviou no braço de Vinícius Balieiro, e o árbitro Raphael Claus assinalou a marca da cal após rever o lance no monitor do VAR.

Luciano e Calleri discutiram para saber quem cobraria o pênalti. O argentino ganhou a discussão e deslocou João Paulo na cobrança, empatando a partida aos 34 minutos. O desejo de bater a penalidade se justifica pela ansiedade em marcar. Foi o primeiro gol do atacante nesta sua segunda passagem. “Agradeço muito o Luciano. Eu queria fazer um gol, estava muito tempo sem jogar”, disse o argentino, na saída para o vestiário.

Menos nervoso em campo, o São Paulo teve calma para trabalhar a bola e construir as jogadas. Continuou pressionando o rival na etapa final e criou chances para virar. Luciano fez João Paulo trabalhar em chute de primeira, Luan levou perigo em arremate de fora da área e Igor Gomes, improvisado na lateral direita, mandou chute cruzado para fora.

Sob pressão, bem como seu time, Carille abriu mão de Wagner Leonardo, um de seus três zagueiros, e colocou o atacante Lucas Braga em campo. O time teve maior presença ofensiva e melhorou, mas não a ponto de balançar as redes novamente. Crespo também mexeu, lançou mão de Gabriel Sara, Gabriel Neves, Benítez e Lizeiro. Os anfitriões voltaram a pressionar. Ocuparam o campo ofensivo, chegando principalmente pelos lados, mas não fizeram João Paulo trabalhar.

Os donos da casa deram espaço ao se lançarem para o ataque nos acréscimos e o Santos teve a possibilidade de conquistar a vitória no contra-ataque, mas não o fez. Volpi, tão criticado, salvou o São Paulo em chute de Felipe Jonatan aos 46 minutos. No fim, perdurou o empate por 1 a 1 no reencontro tímido da torcida são-paulino com seu time.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 1 x 1 SANTOS

SÃO PAULO – Tiago Volpi; Igor Gomes, , Léo e Welington; Luan (Gabriel Neves), Rodrigo Nestor (Liziero), Luciano; Wellington (Gabriel Sara), Rigoni e Calleri (Benítez). Técnico: Hernán Crespo.

SANTOS – João Paulo; Vinícius Balieiro, Emiliano Velázquez e Wagner Leonardo (Lucas Braga); Marcos Guilherme, Camacho (Danilo Boza), Vinícius Zanocelo, Carlos Sánchez (Gabriel Pirani) e Felipe Jonatan; Marinho e Léo Baptistão (Diego Tardelli). Técnico: Fábio Carille.

GOLS – Carlos Sánchez, aos 6, e Calleri (pênalti), aos 34 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Vinícius Balieiro, Marinho, Danilo Boza, Marcos Guilherme

ÁRBITRO – Raphael Claus (Fifa/SP).

RENDA – R$ 393.437,00.

PÚBLICO – 5.529 pagantes.

LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).

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