Em live, Zé Roberto projeta caminho difícil para seleção em Tóquio

Na noite da última quinta (23), o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, Zé Roberto Guimarães, participou de uma live na qual falou sobre o sorteio dos grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio, e que colocou o Brasil no Grupo A (ao lado do Japão, Coreia do Sul, Sérvia, República Dominicana e Quênia). “Não que o […]

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Na noite da última quinta (23), o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, Zé Roberto Guimarães, participou de uma live na qual falou sobre o sorteio dos grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio, e que colocou o Brasil no Grupo A (ao lado do Japão, Coreia do Sul, Sérvia, República Dominicana e Quênia).Em live, Zé Roberto projeta caminho difícil para seleção em Tóquio

Em live, Zé Roberto projeta caminho difícil para seleção em Tóquio

“Não que o nosso grupo seja fácil. A República Dominicana melhorou. A Coreia e o Japão estiveram bem em Londres. Mas a ideia é que o nosso time seja o mais testado possível desde o início. Não queremos moleza, queremos dificuldades. Se não estivermos bem, é melhor que ficar fora logo e acabou”, declarou.

Segundo o treinador, o grupo B (que tem China, EUA, Rússia, Itália, Argentina e Turquia) pode trazer dificuldades para a seleção brasileira a partir das quartas de final, quando os cruzamentos começam a ser eliminatórios: “Vai ser muito complicado, o grupo B tem Itália, China, EUA, Turquia. Equipes difíceis de serem batidas. Espero que os nossos adversários nos deem muito trabalho, para que passemos bem da fase inicial”. É importante lembrar que, nos Jogos Olímpicos, passam os quatro primeiros de cada grupo, com os confrontos eliminatórios começando na fase seguinte.

Pandemia e trabalho à parte com Natália

A pandemia do novo coronavírus (covid-19), que abalou o mundo do esporte, trouxe perdas em vários aspectos para a equipe brasileira: “É inevitável. Mas temos que ver também que esse tempo a mais é ideal para elas tomarem cuidado com o físico. Aquelas que estavam lesionadas também estão tendo tempo de se recuperar”.

O treinador projeta que no Brasil os jogos devem voltar, aos poucos, a partir de setembro: “Acredito que, a partir de agosto, já vamos conseguir começar os treinos. Em setembro já devemos ter alguns jogos. A Superliga deve começar depois da segunda quinzena de outubro. Aposto que essa retomada, por causa da idade delas, vai ser mais rápida. Mas não tenha dúvida de que sempre se perde alguma coisa”.

A ideia da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) era reunir as seleções masculina e feminina para um período de treinamentos em Saquarema (RJ), mas o projeto foi descartado. E a próxima reunião dos times nacionais vai ocorrer apenas no ano que vem. “Os treinamentos começariam no dia 13 de julho, mas com a pandemia realmente ficou inviável. É claro que tínhamos receio de voltar com o grupo e alguma jogadora ter problemas”.

Com a reunião do grupo inviabilizada, o comandante brasileiro chegou a fazer contato com algumas jogadoras. Uma delas foi a ponteira Gabi, do VakifBank (Turquia). A outra foi a também ponteira Natália.

Ela, inclusive, está trabalhando ao lado do Zé Roberto no CT do treinador em Barueri enquanto aguarda a liberação para viajar à Rússia. Nesse ano, a jogadora vai defender o Dínamo Moscou. “Estou trabalhando há três semanas com a Natália. Consigo ver de perto o que está acontecendo com ela. Já está retomando. Está em um ritmo bom. Ela vinha fazendo fisioterapia, e na sequência entramos com a parte física e o trabalho com bola. A perna já melhorou, mas ainda vai faltar a parte específica do conjunto, do grupo. Isso só vem com o tempo”, disse o treinador brasileiro.

Mesmo estando longe do ideal, Zé Roberto falou que essa não é uma realidade que afeta apenas a equipe verde e amarela: “Algumas seleções até tentaram se juntar, mas não tiveram sucesso. É o caso da Rússia. A Polônia chegou a fazer alguns jogos, mas teve um caso de covid no grupo e eles acabaram parando. Então, esse problema não foi exclusivo nosso”.

O fundamental nesse momento, segundo o técnico, é o grupo manter “acesa a chama olímpica”.

“Tem de estar dentro de cada um. A gente já vem motivando as jogadoras há bastante tempo. Não é de agora. A preparação anterior é tudo. Estou bastante otimista e esperançoso de que faremos uma boa figura em Tóquio. Eu sempre acreditei que temos condições de montar uma seleção para jogar de igual para igual com todo mundo”, finalizou o experiente treinador.

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