Projeto de extensão da Enfermagem da UFMs atende mães durante a gestação e o puerpério

Assessoria Expectativa, ansiedade, dúvidas, felicidade, insegurança, sonhos. A gestação é uma gangorra de emoções – acompanhada de alterações físicas e hormonais – que colocam as futuras mães em estado delicado de atenção. Para melhor orientar e acompanhar todo esse processo, gestantes são atendidas há dois anos pelo projeto de extensão “Proposta de intervenção de enfermagem […]

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Expectativa, ansiedade, dúvidas, felicidade, insegurança, sonhos. A gestação é uma gangorra de emoções – acompanhada de alterações físicas e hormonais – que colocam as futuras mães em estado delicado de atenção. Para melhor orientar e acompanhar todo esse processo, gestantes são atendidas há dois anos pelo projeto de extensão “Proposta de intervenção de enfermagem à mulher no clico gravídico-puerperal”, do curso de graduação em Enfermagem da UFMS.

Nesta sexta-feira (28), mamães atendidas pelo projeto – na gravidez e no puerpério (também conhecido como resguardo ou quarentena), algumas acompanhadas de maridos e de seus bebês, participaram de ação especial na Clínica Escola Integrada comandada por professores e alunos, com a oferta de oficinas de maquiagem, pintura gestacional na barriga das grávidas, ensaio fotográfico, lanche e troca de informações.

Coordenadora do projeto, a professora Sandra Luzinete Félix de Freitas afirma que além de acolher as gestantes e esclarecer dúvidas, um dos principais objetivos é “o empoderamento da mulher a fim de que ela seja personagem principal do seu trabalho de parto”.

Cerca de 70 gestantes já foram atendidas no projeto, que atualmente recebe 14 mãezinhas, em consultas de enfermagem realizadas às terças, quartas e sextas-feiras, a partir das 8h. Essas consultas podem incluir exame físico, identificação dos diagnósticos de enfermagem, prescrição de enfermagem e orientações.

As gestantes também são orientadas quanto aos seus planos de parto. “Apresentamos os seus direitos e o que é a violência obstétrica.  Elas podem se negar a fazer a episiotomia (corte para ampliar o canal do parto), ruptura ou o deslocamento das membranas, totalmente desnecessário, podem pedir para desligar o ar condicionado quando o bebê está nascendo, podem selecionar a música que querem ouvir, ou seja, têm o direito ao parto humanizado”, completa Sandra.

O atendimento no puerpério acontece na primeira consulta pós-parto, mas às vezes é estendido para mais encontros conforme a dificuldades das mamães. “Muitas têm dúvidas quanto à amamentação, mas sentimos que essas mulheres também precisam conversar, extravasar e damos essa abertura para falarem. Há casos de baby blues, em que apresentam tristeza pós-parto”, explica a professora Sandra, que tem ao seu lado no projeto a professora Hérica Bras Gomes e acadêmicos de Enfermagem.

A maior parte das gestantes atendidas é da comunidade externa, mas o projeto também recebe acadêmicas e servidoras. No momento, a maioria também é mãe de primeira viagem.

Caso de Danielle Benites, 28 anos, recepcionista, que fez a primeira consulta no projeto com oito semanas de gestação e agora curte a fase final, já nas 36 semanas. “O atendimento aqui é excelente, indicaria a todas as futuras mamães, pois é muito rico em informações. As professoras são mães também, por isso há muita troca de experiência. Me senti mais segura, mais abraçada pela forma do atendimento, diferente do que recebemos no SUS”, afirma.

Em primeira consulta, o casal Lidia e Lucas dos Santos estavam encantados com o primeiro ultrassom realizado hoje (28). “Vimos o bebê pela primeira vez, escutamos o coração, foi maravilhoso”, diz a gestante. Para o papai, o primeiro filho reúne muita felicidade, ansiedade e expectativa. “Ficamos muito felizes com essa receptividade”, completa.

Esperando a terceira filha, Adriana Silva de Oliveira afirma que o acompanhamento está sendo totalmente diferente das gestações anteriores. “Aqui a consulta é mais longa, recebemos muita atenção. Temos um grupo para podemos consultar nossas dúvidas a qualquer hora”, assegura.

Por último, já com a filhota de 10 meses no colo, Amanda Ferreira Marcos afirma que foi muito importante participar do projeto. “Quando aqui cheguei, minha bebê estava em posição pélvica (sentada na pelve), e eu queria muito um parto normal, mas vinha sendo desencorajada. Na UFMS o pessoal tem um trabalho bem legal. Esse atendimento me abriu as portas do paraíso, consegui ter o parto normal como sonhava. Foi muito especial”.

As gestantes interessadas devem entrar em contato com a professora Sandra de Freitas pelo número (67) 98115-2522.

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