Com Neymar cortado da lista de convocados da às vésperas do início do torneio, após romper os ligamentos do tornozelo direito, os holofotes estão em cima de para o confronto entre Brasil e , nesta terça-feira, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, pelas semifinais da competição continental.

O craque é praticamente a estrela solitária da Copa América após a lesão de Neymar e as eliminações dos uruguaios Cavani e Luis Suárez e do colombiano James Rodríguez. Na seleção brasileira, quem mais se aproxima do potencial do argentino é Philippe Coutinho, que amargou boa parte da temporada na reserva do Barcelona, enquanto que Messi conduziu o time catalão ao título do Campeonato Espanhol.

No último sábado, por exemplo, o zagueiro Thiago Silva afirmou que é, ao mesmo tempo, um privilégio e um temor enfrentar Messi. Ele considera o craque argentino o melhor jogador que já viu jogar.

Messi fará nesta terça-feira o seu 10º jogo contra o Brasil. E o retrospecto é favorável aos brasileiros até aqui. O argentino sofreu cinco derrotas, ganhou três partidas e empatou uma, com quatro gols marcados.

Os quase 13 anos de confrontos de Messi contra o Brasil têm altos e baixos. Se no dia 9 de junho de 2012 ele teve uma atuação histórica ao marcar três gols na vitória por 4 a 3 em amistoso nos Estados Unidos, o argentino também acumula alguns dissabores contra os brasileiros.

Na final da Copa América de 2007, na Venezuela, por exemplo, a seleção brasileira bateu a Argentina por 3 a 0. Dois anos depois, em 2009, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da África do Sul, o Brasil venceu novamente, agora em Rosário, cidade onde Messi nasceu, por 3 a 1. Outro capítulo negativo para ele foi o Superclássico das Américas de 2014, disputado na China. O argentino errou um pênalti e viu os brasileiros vencerem por 2 a 0.

No encontro mais recente contra a seleção brasileira, Messi saiu vitorioso. Em 2017, em amistoso disputado na Austrália, a Argentina venceu por 1 a 0 – foi a primeira derrota de Tite à frente do Brasil.

Messi e a delegação argentina desembarcaram neste domingo em Belo Horizonte por volta das 15h30 e se dirigiram à concentração, no bairro da Savassi, onde frustraram cerca de 300 pessoas que esperavam a chegada do ônibus. Um forte esquema de segurança bloqueou as ruas. A chegada da Argentina paralisou a região ao redor do hotel da equipe e reuniu mais torcedores do que o desembarque da própria seleção brasileira, na noite de sexta-feira.

Os jogadores acessaram o local por uma entrada secundária, onde barreiras de policiais afastavam o veículo dos torcedores e curiosos. Crianças, adultos e idosos se aglomeraram nas grades vestidos com camisas da Atlético-MG, Cruzeiro, Barcelona e até de Argentina. Todos gritavam por Messi.

O craque do Barcelona estava sentado no fundo do ônibus e foi um dos últimos a desembarcar. Ao contrário da maioria dos demais colegas de seleção, Messi não deixou a mala no bagageiro do veículo e caminhou com pressa rumo ao hotel ao lado de Di María e Agüero.

Messi já esteve na cidade em outras ocasiões em compromissos com a Argentina, como no empate por 1 a 1 com o Paraguai nesta Copa América, na derrota por 3 a 0 para o Brasil pelas Eliminatórias da Copa de 2018, em 2016, além da vitória por 1 a 0 sobre o Irã, com gol dele, pelo Mundial de 2014. O jogo mais curioso, no entanto, foi em 2008, pelas Eliminatórias. Em protesto contra o técnico Dunga, a torcida brasileira aplaudiu o craque argentino e gritou o seu nome.