Avancini tem problema mecânico e só leva a prata no ciclismo; Jaqueline é bronze

Problema mecânicos tiraram a medalha de ouro de Henrique Avancini no mountain bike nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, no Peru. O brasileiro fez ótima prova, mas após a metade acabou tendo um pneu furado e viu o mexicano Jose Ulloa garantir o primeiro lugar com boa vantagem. Ele ficou com a prata. No feminino, a […]

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Problema mecânicos tiraram a medalha de ouro de Henrique Avancini no mountain bike nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, no Peru. O brasileiro fez ótima prova, mas após a metade acabou tendo um pneu furado e viu o mexicano Jose Ulloa garantir o primeiro lugar com boa vantagem. Ele ficou com a prata. No feminino, a experiente Jaqueline Mourão, de 43 anos, se superou e conquistou um lugar no pódio na mesma modalidade. Ela ficou com o bronze, atrás da campeã Daniela Campuzano (México) e da segunda colocada Sofia Gomez (Argentina).

A última medalha de ouro do Brasil na modalidade foi conquistado no Pan de Chicago, em 1959, quando Anésio Argenton subiu ao lugar mais alto do pódio na prova do quilômetro contra-relógio. Desde então o País vive esse jejum histórico no Pan e Avancini, grande favorito na prova de XCO do mountain bike, o cross-country olímpico, não conseguiu quebrá-lo.

“É um sabor amargo. Faz parte do esporte. Embora tenha largado para conquistar o ouro para o Brasil, a prata era o máximo disponível dentro das circunstâncias. Logo na largada eu arrebentei o cabo da suspensão, o que é uma desvantagem considerável, mas no meio da prova acabei furando o pneu traseiro no pior ponto possível da pista, logo depois da área de apoio mecânico. Tive de andar o máximo possível da pista furado até chegar à próxima área de apoio. Foi cerca de 2,5 quilômetros assim”, lamentou.

Ele explica que o tempo de troca de uma roda é de aproximadamente 30 segundos, mas o tempo e energia gastos em percorrer o trajeto com pneu furado até chegar à área de apoio tornou sua meta praticamente impossível. “Calculo que tenha perdido cerca de 3 minutos. Sem contar o desgaste de energia com tudo isso. Competir é aprender, tiro lições deste dia, mas saio com uma grande frustração pelo nível que tenho competido na temporada. Ficou claro que eu poderia ter conquistado o ouro”, disse.

Avancini explicou que fazia três anos que ele não tinha dois problemas mecânicos na mesma prova – e na suspensão nunca tinha ocorrido com ele – e a última vez que teve um pneu furado antes do Pan de Lima havia sido no início de 2017. “Não era para ser, não tem muito que falar”, afirmou. Ele também aproveitou a prova para testar um evento “olímpico” com uma equipe enxuta e ele aprovou esse teste. “Operamos com número de apoio de equipe técnico reduzido e assim será nos Jogos Olímpicos.”

Se Avancini ficou frustrado, por outro lado Jaqueline Mourão estava bastante emocionada com seu bronze. “Acho que ainda não caiu a ficha. Eu perdi a medalha no Pan de 2007, no Rio, quando era favorita e fiquei no quarto lugar. Isso foi muito difícil. Toda essa volta, dez anos longe desse esporte, foi muito emocionante. Consegui voltar depois de 12 anos e realizar esse sonho é muito gratificante”, disse a atleta de 43 anos.

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