Escalado como “falso 9” em um com quatro homens de frente e possibilidades de variação tática, Romero brilhou em mais uma rodada do .

Na manhã deste domingo, diante do , o atacante paraguaio marcou três gols, viu Jadson ampliar de pênalti e contribuiu decisivamente para a goleada dos paulistas por 4 a 1, de virada – antes, Yago Pikachu havia aberto o placar em cobrança de pênalti sofrido por ele mesmo no primeiro tempo.

Foi a segunda vitória seguida do Corinthians no Brasileiro, o que rende a 7ª posição na tabela, cada vez mais próximo dos líderes, e ainda encerra um longo jejum de vitórias como visitante. Enquanto isso, o Vasco interrompe uma sequência de dois jogos sem derrotas e estaciona no 11º lugar, podendo ainda ser ultrapassado no complemento da 16ª rodada.

O Vasco visita o São Paulo na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, domingo, às 16h. Já o desafio seguinte do Corinthians é pela Copa do Brasil. Na quarta-feira, recebe a Chapecoense pela ida das quartas de final, na Arena.

Melhor em campo mais uma vez, Ángel Romero chegou a 37 gols marcados pelo Corinthians, um dos números mais relevantes dos últimos anos dentro do clube. Para se ter uma ideia, ele ultrapassou Ronaldo Fenômeno em gols marcados pelo clube e chegou ao Top 10 de artilharia neste século, empatado com Deivid.

Contra o Vasco foram três gols, um deles demonstrando grande qualidade técnica após assistência de Pedrinho.

Entre as piores defesas do Campeonato Brasileiro, o Vasco sofreu novamente neste domingo, e o lado direito foi destaque negativo: simplesmente parou na descida de Pedrinho no segundo gol, após passe de Clayson.

O zagueiro Ricardo, que havia falhado em dois gols da LDU no meio de semana, pela Copa Sulamericana, comprometeu novamente e foi antecipado por Romero. Depois, ele ainda esteve envolvido no lance do pênalti em Mateus Vital e tomou cartão amarelo por falta dura em Romero. Manhã para esquecer.

O Vasco começou a partida desatento, com uma série de erros de passe na saída de bola que geraram discussão entre jogadores e cobranças por atenção. Reativo, o Corinthians tentou aproveitar os momentos de instabilidade para criar, baseado na movimentação de seus quatro homens de ataque – Romero até fez bonito lance para cima de Breno, mas ficou por aí.

Passados alguns minutos, o Vasco ficou confortável para se lançar ao ataque: marcação na saída corintiana, inteligência para criar espaços e bola aérea foram os pilares da blitz vascaína dos primeiros minutos.

A primeira boa chance rolou aos 9 minutos. Depois de um erro de passe de Jadson, Andrés Rios retomou a posse de bola e serviu Yago  Pikachu, A finalização saiu por cima do gol de Cássio, mas levou perigo.

Pouco depois, um escanteio cobrado na área do Corinthians encontrou o próprio Ríos, que cabeceou exigindo grande defesa de Cássio. Ainda teve rebote, mas Andrey atirou para fora. Destaque dos primeiros lances do jogo, Ríos ainda chutou de fora da área e viu a bola raspar no travessão.

Passada a pressão inicial do Vasco, o Corinthians entendeu a lógica de movimentações e transições do adversário e acertou a marcação. Isso tornou o jogo um tédio, com troca de passes no meio-campo, marcações encaixadas, espaços fechados e nenhuma chance relevante de gol.

As únicas vezes em que houve perigo saíram em erros de passe na saída de bola, pois as duas defesas tinham momentos de desatenção, e na bola parada. Primeiro o Corinthians: aos 43 minutos, Clayson cobrou escanteio no meio da área e Danilo Avelar cabeceou bem, no travessão de Martín Silva.

No minuto seguinte ao lance em que quase saiu perdendo em Brasília, o Vasco abriu o placar. Yago Pikachu invadiu a área pela esquerda e passou entre Fagner e Gabriel.

O lateral-direito do Corinthians caiu sobre o vascaíno e o árbitro Dewson Freitas da Silva marcou pênalti – o Corinthians reclamou, alegando que Pikachu foi quem puxou Fagner para baixo. Em meio à polêmica, Pikachu cobrou com precisão no canto direito de Cássio e marcou.

O Corinthians tomou gol aos 45 minutos do primeiro tempo e reagiu logo aos 2 da etapa complementar. Jadson, que teve atuação discreta no primeiro tempo, recebeu lançamento e teve inteligência para atrair a marcação do goleiro Martín Silva, que não tinha opção.

Enquanto jogadores de linha do Vasco se posicionavam debaixo do gol para evitar a finalização corintiana, Jadson deu passe para Romero, que vinha de trás. O artilheiro corintiano chutou forte, rasteiro, e nem os dois jogadores em cima da linha evitaram o gol de empate no Mané Garrincha.

O poder de reação do Corinthians foi evidenciado nove minutos depois do gol de empate, quando o time de Osmar Loss virou o placar no Mané Garrincha. E a jogada é claro fruto de treino, com movimentação dos homens de ataque e triangulação na troca de passes. Clayson viu Pedrinho entrando em velocidade na ponta esquerda e fez o passe.

O camisa 38 levantou a cabeça e viu a chegada de Romero no meio da área. O paraguaio se antecipou ao zagueiro Ricardo e concluiu de primeira para o fundo das redes de Martín Silva. Um golaço.
Apesar das mudanças de Jorginho, o Vasco não conseguiu atacar no segundo tempo e foi dominado pelo Corinthians. Logo após uma parada técnica para hidratação, Mateus Vital recebeu a bola em profundidade e apareceu entre Breno e Ricardo para entrar na área.

Um toque por baixo desequilibrou o recém-acionado meia e o árbitro marcou novo pênalti em Brasília. Jadson fez a cobrança e ampliou a vantagem do Corinthians, que era melhor em todo o segundo tempo.

Desesperado para diminuir o placar, o Vasco foi para cima no fim do jogo, mas não deu sorte. Em contra-ataque rápido do Corinthians, Emerson Sheik parou a bola no pé, esperou a movimentação e tocou para Romero em velocidade, no meio das pernas de Breno.
O paraguaio sofreu o abafa de Martín Silva, mas concluiu com precisão, no fundo das redes do Vasco. Virou goleada no Mané Garrincha.