“Habilidoso. Não é um ator, pois jogadores são mais duros contra ele. O Neymar tem qualidades que não são normais e penso que no futuro será o melhor jogador do mundo. Estou feliz que amanhã vou jogar contra ele”, disse o centroavante belga Romelu Lukaku, que enfrenta a seleção brasileira nesta sexta (6), às 15h, em Kazan, pelas quartas de final da .

O atacante, autor de quatro gols no Mundial da Rússia, saiu em defesa do camisa 10 do Brasil ao ser questionado por um jornalista brasileiro se Neymar poderia ser considerado habilidoso ou ator.
Durante entrevista coletiva nesta quinta (5), Lukaku também disse ser difícil apontar um ponto fraco na equipe comandado por Tite. “Pontos fracos no Brasil? É difícil. Acho que ofensivamente têm quatro jogadores que fazem a diferença, que vão de área a área. Acho que eles podem tomar um gol, mas a forma vai variar, não podemos atacar sempre da mesma maneira. Estamos bem preparados. Vamos jogar contra a melhor equipe do torneio”, disse.

Para o técnico da seleção da Bélgica, Roberto Martínez, sua seleção é semelhante ao Brasil em termos de qualidade técnica. Segundo o espanhol, a grande diferença está no histórico. “A diferença é clara. As duas equipes são semelhantes em termos de qualidade. Temos talentos na seleção, mas nunca ganhamos uma Copa do Mundo. É assim quando se entra em torneio que não tem o status de já tê-lo vencido. O Brasil sabe como é, ganharam mais que qualquer outro país e se livraram dessa barreira psicológica”, disse o treinador, natural da Catalunha.

A melhor campanha da Bélgica foi a quarta colocação no Mundial de 1986, quando perdeu para a futura campeã Argentina, na semifinal, e depois na disputa pelo terceiro lugar, diante da França.
“Respeitamos o Brasil pelo que conquistaram. Não significa que vamos aceitar o desafio, além da parte técnica e tática, eles sabem como vencer uma Copa do Mundo”, acrescentou Martínez.

O treinador definiu que apenas o fato de atuar contra o Brasil já é uma motivação para sua equipe, já que a seleção venceu em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. “Acho que há muitos jogos onde precisa qualquer tipo de motivação, mas quando se está nas quartas de final de uma Copa enfrentando o Brasil não precisa de motivação extra. Sabemos nosso trabalho duro, a equipe está pronta e estamos confiantes, e o que importa agora é sermos nós mesmos em campo”, apontou o técnico.