Comitê Brasileiro teria comprado votos para escolha da cidade-sede
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (5) uma Operação com o objetivo de investigar um esquema de compra de votos e pagamentos de propinas para beneficiar o Rio de Janeiro na escolha da cidade-sede das Olímpiadas de 2016.
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, e também na sede da entidade. Ele é suspeito de intermediar a compra de votos de integrantes do COI (Comitê Olímpico Internacional) para escolha do Rio como cidade-sede.
Nuzman deverá depor na tarde desta terça-feira na sede da Polícia Federal, em Brasília. A investigação, um desdobramento da Operação Lava-Jato, também tem como alvo o empresário Arthur César de Menezes Soares, que também faria parte do sposto esquema de compra de votos no Comitê.
“Rei Arthur”, como é chamado o empresário, e sua sócia, Eliane Cavalcante, ainda são suspeitos de lavagem de dinheiro e desvio de recursos dos contratos entre o governo do Rio de Janeiro e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral.
Arthur e Eliane são alvos de mandados de prisão preventiva na Operação, batizada de “Unfair Play”. Outros onze mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça na Operação, envolvendo crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criinoso.
A investigação contou com a colaboração do Ministério Público da França. De acordo com a Polícia Federal, o esquema era investigado há nove meses, e envolveu pagamentos de dinheiro em espécie por meio de contratos celebrados com empresas fictícias. Os investigados também teriam utilizado contas no exterior para pagar as propinas.