Acusado de crimes financeiros no escândalo de corrupção da Fifa

Em prisão domiciliar desde maio do ano passado nos EUA, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, 85 anos, começa a ser julgado pela justiça americana a partir desta segunda-feira (6). Ele é acusado pelo governo dos Estados Unidos de fazer parte da “Copa do Mundo da corrupção” – um esquema que desviou centenas de milhões de dólares do futebol para os bolsos de dirigentes e empresários de marketing esportivo.

Além de Marin, também serão julgados o ex-presidente da confederação peruana Manuel Burga e Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol. Os três afirmam ser inocentes. O julgamento deve durar até dois meses e a sentença deve ser publicada no início do ano que vem.

São sete acusações formuladas pelo governo dos EUA. Marin é acusado de receber propina para beneficiar empresas de marketing esportivo em três contratos: venda de direitos da Copa do Brasil, da Copa Libertadores e da Copa América.

Julgamento de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, tem início nos EUA

São duas acusações (fraude e lavagem de dinheiro) relativas a cada contrato, portanto seis. E mais uma por “racketeering conspiracy”, que numa tradução livre significaria “conspiração para extorquir” – ou, numa maneira simplificada, fazer parte de uma organização criminosa. Napout e Burga são acusados dos mesmos crimes.

A soma de todas as penas a que ele está sujeito pode chegar a 60 anos de prisão, mas a expectativa é de que ele possa ser condenado a cerca de 10 anos de prisão. A defesa do ex-dirigente da CBF afirma que ele é inocente, e que as provas que sustentam as acusações contra ele são frágeis.
 

José Maria Marin está preso e será julgado nos Estados Unidos, pois foram usadas empresas registradas no país e contas bancárias americanas para movimentar dinheiro. Além disso, o Departamento de Justiça considera que o esquema de corrupção considera crime contra a concorrência pelo mercado de direitos de TV nos EUA.

*Com informações do Globo Esporte.com