Nicolás Leoz é acusado ​​de fazer parte de um esquema de subornos

Um juiz de primeira instância do Paraguai autorizou nesta quinta-feira a extradição do ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) Nicolás Leoz para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de subornos no âmbito de uma investigação de corrupção contra dirigentes de futebol.

A decisão do juiz Humberto Otazú, à qual a Reuters teve acesso, pode ser alvo de recurso por parte da defesa de Leoz.

Leoz, de 89 anos, que está sob prisão domiciliar desde meados de 2015, está sendo investigado pelo Departamento de Justiça dos EUA junto com outros dirigentes e empresários, acusados ​​de fazer parte de um esquema de subornos para direitos de transmissão e comercialização de torneios.

O juiz Otazú disse em sua decisão que, antes da extradição, Leoz deverá passar por exame médico.

O advogado do ex-dirigente, Ricardo Preda, afirmou aos repórteres que apelará da decisão porque considera o procedimento inadequado, uma vez que o crime de suborno privado não tem punição no Paraguai.

O Paraguai recebeu em julho de 2015 o pedido formal de extradição de Leoz. De acordo com as leis locais, a idade avançada do ex-dirigente esportivo não é um impedimento para ser enviado aos Estados Unidos.

Juiz do Paraguai autoriza extradição do ex-presidente da Conmebol

A decisão de Otazú coincide com o início, nesta semana, do julgamento em Nova York do paraguaio Juan Ángel Napout, sucessor de Leoz na presidência da Conmebol; do ex-presidente da federação peruana Manuel Burga e do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marín.