Não cobrou licença ambiental no valor de R$ 1,8 milhão

O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes se tornou réu em ação civil pública movida pelo Gaema- MPRJ (Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente do Ministério Público do Rio de Janeiro), que o acusa de improbidade administrativa.

Segundo a denúncia proferida em 26 de julho pela 8ª Vara de Fazenda Pública da Capital, a prefeitura, na época da gestão de Paes, teria deixado de cobrar uma dívida de licença ambiental, no valor de R$ 1,8 milhão, na construção do Campo de Golfe Olímpico da Barra da Tijuca, feito para os Jogos Rio 2016.Eduardo Paes vira réu em denúncia sobre obras no campo de golfe olímpico

Na ação, os promotores do Gaema afirmam que, durante o processo de licenciamento ambiental do campo, a construtora Fiori Empreendimentos – que também é ré no processo – deixou de pagar taxa devida pelo fato de remover vegetação exótica do terreno, com a concordância de Eduardo Paes. O prejuízo aos cofres públicos já supera R$ 4 milhões.

Paes e a Fiori já haviam tido os bens bloqueados para pagar a dívida. O valor de bens bloqueados de Paes foi de R$ 181 mil. Em dezembro, quando houve o bloqueio, a prefeitura disse que a construção do campo de golfe representou ganho ambiental à região.

Nesta quinta-feira (10), em nota enviada por sua assessoria, o ex-prefeito Eduardo Paes afirma que a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio já decidiu no último dia 1° que não houve qualquer dano ou prejuízo ao tesouro municipal: “Não tendo havido qualquer renúncia de receita de Eduardo Paes, na qualidade de Prefeito. Mais do que isso, o ato questionado já foi revogado pelo Prefeito, antes do encerramento do mandato”.