Comitê reconhece possibilidade de irregularidade na escolha das cidades-sede

Durante reunião do Conselho Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI)em Lima, no Peru, a entidade admitiu que pode ter havido pagamento de propina para a escolha de cidades-sede dos Jogos Olímpicos.

Em comunicado oficial do COI divulgado nesta segunda-feira, a Junta Executiva da entidade revelou que podem ter ocorrido pagamentos para Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da Iaaf (Associação Internacional de Federações de Atletismo), em troca de votos para escolha das cidades-sede das Olimpíadas, sem especificar quais.

A notícia sobre uma possível compra de votos para a escolha do Rio de Janeirocomo sede das Olimpíadas de 2016 voltou às manchetes na última semana, após o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, ter sido submetido a investigações da força-tarefa “Unfair Play”, que faz parte da Operação Lava Jato.

Ainda na nota oficial do COI, o órgão admitiu que a Comissão de Ética da entidade solicitou a advogados brasileiros que entrassem em contato com autoridade judiciais do País sobre a recente investigação de corrupção a respeito da escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016, em eleição realizada em 2009.

A acusação é refente ao fato de que Papa Diack teria recebido cerca de dois milhões de dólares para a compra de votos, a fim de que o Rio vencesse a eleição do COI. O responsável pelo envio do dinheiro teria sido o empresário brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o “Rei Arthur”, que teria transferido a quantia através da empresa Matlock Capital Group.